Ibama resgata jaguatirica criada como pet por influenciadora no Pará

CNN Brasil


Uma jaguatirica mantida ilegalmente em cativeiro em uma fazenda no município de Uruará, no sudoeste do Pará, foi resgatada nesta segunda-feira (14) por agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

O flagrante ocorreu após uma denúncia de que a dona da propriedade, a influenciadora digital Luciene Candido, utilizava imagens do animal em suas redes sociais para fins de monetização. O perfil na internet contabiliza mais de 300 mil seguidores.

Nos vídeos publicados, o felino aparece em situações impróprias para um animal silvestre: deitado em uma cama, no colo da influenciadora, interagindo com cães, gatos, galinhas e até mesmo um cavalo. Veja as cenas abaixo:

As imagens também mostram o animal sendo alimentado com uma dieta inadequada à sua espécie, conforme informações do Ibama. O animal foi encontrado durante a vistoria em cima de um guarda-roupa dentro de um dos quartos da residência.

Segundo o Ibama, o animal tinha livre acesso à casa, inclusive a ambientes onde eram armazenados herbicidas, o que representava riscos graves à sua saúde.

Além disso, os cães da fazenda apresentavam sinais de leishmaniose — uma doença que pode ser transmitida a outros animais e também aos seres humanos, com risco de morte.

A jaguatirica foi encaminhada a um Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), onde passará por um processo de reabilitação. A intenção é que ela possa, futuramente, ser reintroduzida ao seu habitat natural.

A influenciadora Luciene Candido foi autuada com multas que somam R$ 10 mil, conforme previsto na Lei de Crimes Ambientais, que proíbe a posse e a exploração de animais silvestres sem autorização legal. A CNN tenta contato com a paraense.

Ela também foi notificada a remover os vídeos das redes sociais, sob pena de multa diária em caso de descumprimento. No entanto, conforme apurou a CNN, ainda nesta quarta-feira (16) os vídeos estão disponíveis no perfil da influenciadora.

Segundo o Ibama, ainda não se sabe como a jaguatirica foi retirada da natureza. “O animal pode ter sido vítima da caça da mãe ou ter sido capturado enquanto ela se ausentava em busca de alimento, o que também configura crime ambiental”, explicou o superintendente do Ibama no Pará, Alex Lacerda de Souza.

“Animais silvestres devem ser mantidos na natureza e não em contato com animais domésticos nem com seres humanos. Só assim garantiremos a conservação dessas espécies”, concluiu.



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