O Pedal Feliz nasceu há seis anos, após Val Janones descobrir um câncer e precisar emagrecer por orientação médica. A opção escolhida foi o ciclismo que virou um momento de lazer com as amigas Cirlene Rosa e Cleonice Janones. Veja abaixo o pedal Brasil Bolívia passando por Cáceres em 28 de julho.
Aos 54 anos, a doença levou Val desse mundo, mas as alegrias que vivenciou com as amigas no Pedal Feliz transformaram deram continuidade à tradição. Atualmente, o pedal organiza uma travessia de 115 km entre Brasil e Bolívia em um cicloturismo repleto de histórias.
“A Val foi uma mulher maravilhosa. Fazíamos vários pedais com café compartilhado (todas levavam algo para comer e depois repartíamos). Ela era esposa de Celso Janones, mãe de 2 filhos (Nattan e Nubia) e uma cabelereira primorosa” conta Cirlene Rosa.
A vendedora, que mora na cidade de Cáceres, a 250 km de Cuiabá, é uma das pessoas responsáveis por manter o legado de força da amiga Val.
Cirlene Rosa contou ao Primeira Página a história com alegria, isso porque ela participou da 4ª edição do Cicloturismo Brasil – Bolívia no dia 28 de julho e completou o percurso com mais de 800 pessoas, entre apoio e atletas.
“Andar de bicicleta é um ótimo exercício físico. A atividade melhora a função cardiovascular, regula os níveis de pressão arterial, colesterol, além de estimular o sistema imunológico, sem contar que é de fácil execução e relaxante, contribuindo para a redução da depressão, da ansiedade e do estresse” explica.
O evento contou com 378 inscrições de ciclistas para realizar a travessia até a cidade de San Matías, na Bolívia.
“O trajeto de 115 km conta também com um pequeno trecho de 9 km de estrada de terra. É muito bom, porque temos o apoio da PRF [Polícia Rodoviária Federal], Guarda Municipal e alguns patrocinadores que fazem do evento um sucesso há tantos anos”, conta.
Mais que andar de bicicleta e conhecer novos lugares, o pedal de cicloturismo é um momento de reunião de amigos que venceram as batalhas da vida e seguem vivendo o agora com o máximo de aventura possível.
“O que realmente importa é agregar mulheres, muitas vezes, carregadas com os problemas do dia a dia. O grupo é só alegria e companheirismo, trazendo um suporte emocional a todos que participam”, finaliza.
O Pedal Feliz, para aqueles que participam, é um movimento inclusivo, diverso e plural para todos aqueles que abraçam o esporte e fazem das duas rodas, a forma mais rápida de atingir muitos corações.
“No nosso grupo tem mais de 200 mulheres, mas poucas pedalam constantemente. Uma história engraçada que ocorreu, foi que um dia que pensei: ‘vou excluir quem não pedala’. No mesmo dia, pouco antes da minha decisão, uma pessoa me mandou mensagem dizendo: ‘Cirlene, eu não estou pedalando tive que vender minha bike para o meu tratamento, mas o que me ajuda é ver as fotos de vocês. É isso que enche o coração da gente de alegria e esperança”, finaliza.
Confira a galeria do 4º Cicloturismo Brasil – Bolívia:
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