Insultos racistas: família registra ocorrência após vídeo da filha de síndico

CNN Brasil


Uma menina negra de 12 anos foi alvo de ofensas racistas registradas em vídeos que circularam em um condomínio na Zona Norte de São Paulo. As imagens, que começaram a ser compartilhadas no dia 12 de dezembro, levaram a família da vítima a registrar um boletim de ocorrência.

A CNN teve acesso a dois vídeos com ofensas racistas que circularam entre os moradores de um condomínio na Zona Norte da cidade de São Paulo. Nas imagens, uma garota de 11 anos, apontada como a filha do síndico do condomínio, chega a exaltar uma suposta superioridade branca.

Em entrevista à CNN, o pai da menor ofendida, Anderson Silva dos Anjos, detalhou os acontecimentos. “Recebemos o vídeo no dia 18 de dezembro. A filha do síndico gravou as próprias falas, enquanto outra menina, que não sabia estar sendo filmada, conversava com ela”, explicou Anderson.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), o caso está sendo investigado pelo 19º Distrito Policial (Vila Maria). A ocorrência foi registrada como injúria racial, e as partes envolvidas serão ouvidas durante o processo. “Diligências seguem para esclarecer os fatos”, informou a pasta.

Mais ofensas e pedido de explicações

Além das ofensas racistas, os vídeos também contêm declarações xenofóbicas e gordofóbicas contra outros moradores do condomínio.

Em nota o advogado Diego Kadosh Moreira Silva cita que, “esse episódio, além de inaceitável, fere não apenas os direitos fundamentais garantidos a qualquer ser humano, mas também o coração de uma sociedade que se declara justa e igualitária”.

“Reiteramos nosso compromisso em buscar justiça e em contribuir para um mundo em que nenhuma pessoa sofra discriminação por conta de sua cor, raça ou origem“, complementou.

Os pais da vítima contaram que buscaram uma explicação do síndico, pai da menina que gravou os vídeos, e que não tiveram um retorno esperado de início.

“Minha esposa foi na porta da casa dele, ele se alterou com ela, fechou a porta na cara dela. Fui direto na casa dele, tive uma discussão e depois ele mandou mensagem falando que queria falar comigo”, afirmou Anderson.

Em um grupo de WhatsApp, o síndico cita que ele e sua esposa não concordam com que foi dito pela filha deles. Ele acrescentou dizendo que “não demos esse tipo de educação para ela, estamos arrasados como pais e acho que falhamos em algum momento“.



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