O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou, nesta segunda-feira (7), que o Irã “não pode ter armas nucleares”.
A declaração, dada ao lado do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, veio após o republicano anunciar negociações diretas sobre o programa nuclear de Teerã.
Trump disse que o país estará “em grande perigo” se as conversas fracassarem: “Seria um mau dia [para o Irã].”
O presidente americano informou que, no sábado (12), acontecerá uma reunião “importante”.
O anúncio de negociações diretas é surpreendente já que as autoridades iranianas aparentemente rejeitaram os pedidos dos EUA.
“Estamos tendo conversas diretas com o Irã e elas já começaram. Vai acontecer no sábado. Temos uma reunião muito grande, e veremos o que pode acontecer”, disse Trump a repórteres no Salão Oval.
“E acho que todos concordam que fazer um acordo seria preferível”, disse Trump. Ele não deu mais detalhes.
Os alertas de Trump sobre uma ação militar contra o Irã já haviam despertado nervosismo em todo o Oriente Médio após a guerra aberta em Gaza e no Líbano, ataques militares no Iêmen e uma mudança de liderança na Síria.
Trump disse que prefere um acordo sobre o programa nuclear do Irã a um confronto militar e disse em 7 de março que escreveu ao líder supremo Ali Khamenei para sugerir negociações.
Autoridades iranianas disseram na época que Teerã não seria intimidada a negociar.
O Irã no primeiro mandato de Trump
Durante seu mandato de 2017 a 2021, Trump retirou os EUA de um acordo de 2015 entre o Irã e as potências mundiais que impôs limites rígidos às atividades nucleares disputadas de Teerã em troca de alívio de sanções. Trump também reimpôs sanções abrangentes dos EUA.
Desde então, o Irã ultrapassou em muito os limites do acordo para enriquecimento de urânio.
Potências ocidentais acusam o Irã de ter uma agenda clandestina para desenvolver capacidade de armas nucleares por meio do enriquecimento de urânio a um alto nível de pureza físsil, acima do que eles dizem ser justificável para um programa civil de energia atômica.
Teerã diz que seu programa nuclear é totalmente para fins energéticos civis.