Um juiz adiou uma audiência de nova sentença para Lyle e Erik Menendez, irmãos condenados à prisão perpétua pelo assassinato dos pais em 1989 na Califórnia.
Michael Jesic disse em uma audiência nesta segunda-feira (25) que a data da nova sentença, originalmente marcada para 11 de dezembro, seria adiada para 30 de janeiro.
O atual promotor público do Condado de Los Angeles, George Gascon, recomendou a nova sentença para os irmãos em outubro, o que poderia permitir que eles fossem libertados após quase 30 anos.
Gascon deixará o cargo após votação no início deste mês e será substituído por Nathan Hochman na próxima semana.
Jesic disse que determinou o adiamento para dar tempo ao novo promotor público de analisar o caso.
Os irmãos, atualmente presos na Califórnia, estavam comparecendo virtualmente para a audiência de status. Problemas técnicos os impediram de serem mostrados em vídeo.
Os dois homens foram vistos pela última vez em público em 1996 durante o segundo julgamento pelo assassinato de seus pais.
Depois que seu primeiro julgamento terminou com dois júris empatados, eles foram considerados culpados em um segundo julgamento e sentenciados à prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.
Entenda o caso
Ao longo dos dois julgamentos, os irmãos não contestaram que mataram os pais. Em vez disso, argumentaram que os mataram em legítima defesa após sofrerem anos de abuso sexual, emocional e físico.
Os promotores, enquanto isso, destacaram que os assassinatos foram premeditados, cometidos para que os homens pudessem obter o patrimônio multimilionário dos pais.
O esforço para reexaminar o caso começou em 2023, quando uma série documental do Peacock apresentou outra suposta vítima dizendo que foi estuprada por Jose Menendez – o pai dos irmãos.
Os advogados dos irmãos Menendez entraram com uma petição de habeas corpus pedindo ao tribunal que reconsiderasse a condenação e a sentença à luz de novas evidências da outra suposta vítima e de uma carta que Erik escreveu sobre o abuso antes dos assassinatos.
Em outubro, o promotor público do condado de Los Angeles, George Gascón, entrou com uma moção recomendando que o juiz sentenciasse novamente os irmãos, o que poderia permitir que eles fossem soltos imediatamente.
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