Israel atacou Síria cerca de 480 vezes nos últimos dois dias, dizem militares

CNN Brasil


O Exército de Israel disse que atingiu a maioria dos estoques estratégicos de armas na Síria, alegando que realizou cerca de 480 ataques em todo o país nos últimos dois dias.

A Força Aérea Israelense conduziu aproximadamente 350 ataques de aeronaves tripuladas visando campos de aviação, baterias antiaéreas, mísseis, drones, jatos de combate, tanques e locais de produção de armas em Damasco, Homs, Tartus, Latakia e Palmira, disseram as Forças de Defesa de Israel (FDI) nesta terça-feira (10).

O país também conduziu 130 ataques aéreos adicionais durante operações terrestres que visaram depósitos de armas, estruturas militares, lançadores e posições de tiro, ainda segundo os militares.

Os navios israelenses atingiram ainda duas instalações navais sírias, onde 15 embarcações estavam atracadas, adiciona a nota. Dezenas de mísseis mar-mar teriam sido destruídos.

Mais cedo nesta terça-feira, o Ministro da Defesa Israel Katz afirmou que a Marinha israelense havia destruído a frota naval da Síria.

Entenda o conflito na Síria

O regime da família Assad foi derrubado na Síria no dia 8 de dezembro, após 50 anos no poder, quando grupos rebeldes tomaram a capital Damasco.

O presidente Bashar al-Assad fugiu do país e está em Moscou após ter conseguido asilo, segundo uma fonte na Rússia.

A guerra civil da Síria começou durante a Primavera Árabe, em 2011, quando o regime de Bashar al-Assad reprimiu uma revolta pró-democracia.

O país mergulhou em um conflito em grande escala quando uma força rebelde foi formada, conhecida como Exército Sírio Livre, para combater as tropas do governo.

Além disso, o Estado Islâmico, um grupo terrorista, também conseguiu se firmar no país e chegou a controlar 70% do território sírio.

Os combates aumentaram à medida que outros atores regionais e potências mundiais — da Arábia Saudita, Irã, Estados Unidos à Rússia — se juntaram, intensificando a guerra no país para o que alguns observadores descreveram como uma “guerra por procuração”.

A Rússia se aliou ao governo de Bashar al-Assad para combater o Estado Islâmico e os rebeldes, enquanto os Estados Unidos lideraram uma coalizão internacional para repelir o grupo terrorista.

Após um acordo de cessar-fogo em 2020, o conflito permaneceu em grande parte “adormecido”, com confrontos pequenos entre os rebeldes e o regime de Assad.

Mais de 300 mil civis foram mortos em mais de uma década de guerra, de acordo com a ONU, e milhões de pessoas foram deslocadas pela região.

Saiba quem é o líder rebelde sírio e o grupo que derrubou Bashar al-Assad



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