Israel vai adotar a proposta do enviado do presidente dos EUA, Donald Trump, Steve Witkoff, para um cessar-fogo temporário em Gaza para os períodos de Ramadã e Páscoa. O gabinete do primeiro-ministro disse comunicou a decisão neste domino domingo (2), horas após a primeira fase do acordo de trégua expirar.
No primeiro dia da proposta de Witkoff, metade dos reféns mantidos em Gaza, vivos e mortos, serão libertados, disse o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, acrescentando que os reféns restantes também serão liberados após um cessar-fogo permanente.
Witkoff fez a proposta de estender o atual cessar-fogo após perceber que mais tempo era necessário para as negociações sobre um cessar-fogo permanente, acrescentou o escritório de Netanyahu.
O porta-voz do Hamas, Hazem Qassem, disse no sábado que o grupo rejeitou a “formulação” de Israel de estender a primeira fase do cessar-fogo em Gaza, mas não mencionou explicitamente o plano de Witkoff.
O escritório de Netanyahu disse que Israel iria imediatamente conduzir negociações sobre o plano de Witkoff se o Hamas concordasse.
“Segundo o acordo, Israel pode voltar aos combates após o 42º dia se sentir que as negociações são ineficazes”, disse também o gabinete de Netanyahu, acusando o Hamas de violar a trégua. Ambos os lados têm trocado acusações de violação do acordo.
O cessar-fogo alcançado em janeiro interrompeu 15 meses de combates, permitindo a troca de 33 reféns israelenses e cinco tailandeses por cerca de 2 mil prisioneiros palestinos. A medida era para levar a negociações para construir o fim total da guerra.
As negociações sobre o cessar-fogo estão em curso, mas não levaram a um acordo até o momento.
