O governo israelense libertará colonos judeus mantidos sob detenção administrativa na Cisjordânia, ocupada por Israel, em resposta a potencial libertação de centenas de prisioneiros palestinos como parte do acordo de cessar-fogo de reféns em Gaza, declarou o porta-voz do ministro da defesa israelense.
“À luz da esperada libertação de terroristas para os territórios da Judeia e Samaria (Cisjordânia) como parte do acordo para a libertação de reféns, decidi libertar os colonos que estão em uma detenção administrativa”, anunciou o porta-voz.
A detenção administrativa é uma prática geralmente usada por autoridades israelenses para deter palestinos na Cisjordânia sem acusação pública ou julgamento, muitas vezes indefinidamente e com base em evidências confidenciais que não são reveladas aos detidos. Em casos raros, a prática foi aplicada a colonos.
A violência antipalestina por colonos extremistas se tornou uma ocorrência quase diária na Cisjordânia.
Mais de 500 mil colonos judeus vivem no território ocupado em assentamentos ilegais sob a lei internacional.
A Cisjordânia está sob ocupação militar desde 1967, quando Israel tomou a área da Jordânia.
Em novembro, Katz anunciou que o governo israelense interromperia o uso de detenção administrativa contra colonos judeus.
Na época, a decisão foi bem recebida pelos ministros de extrema-direita do país, Itamar Ben Gvir e Bezalel Smotrich, que são colonos.