O provável próximo chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, afirmou a Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, que o convidaria para a Alemanha desafiando um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI), relatou o gabinete do premiê israelense na segunda-feira (24).
Em um telefonema após o partido conservador de Merz, União Democrata Cristã (CDU), ter conquistado a maioria dos votos na eleição nacional no domingo (23), Netanyahu parabenizou o alemão, disse o comunicado.
Ele acrescentou que o conservador disse a Netanyahu que o convidaria para a Alemanha “desafiando a escandalosa decisão do Tribunal Penal Internacional de rotular o primeiro-ministro como criminoso de guerra”.
Um porta-voz do partido conservador CDU de Merz confirmou que os dois falaram por telefone após a eleição, mas se recusou a comentar sobre o tema da conversa.
Os alemães sentem uma responsabilidade especial em relação a Israel devido ao legado do Holocausto, e Merz deixou claro que é um forte aliado.
No entanto, a Alemanha também é signatária do TPI.
Os juízes do Tribunal Penal Internacional emitiram mandados de prisão para Netanyahu, o ex-chefe da defesa israelense Yoav Gallant e o líder do Hamas Ibrahim Al-Masri em novembro passado por supostos crimes de guerra e crimes contra a humanidade durante o conflito de Gaza.
Israel rejeitou a jurisdição do tribunal sediado em Haia e nega crimes de guerra.