As Forças de Defesa de Israel (FDI) atacaram prédios em Beirute, capital do Líbano, que estariam armazenando mísseis do Hezbollah. O grupo libanês negou que os edifícios contenham armamentos.
“As FDI estão atualmente conduzindo ataques direcionados a armas pertencentes à organização terrorista Hezbollah que estavam armazenadas sob prédios civis na área de Dahiyeh em Beirute”, destacaram em um comunicado.
Os ataques ocorreram cerca de 90 minutos após o porta-voz da instituição emitir um aviso no X, antigo Twitter, para que moradores de vários bairros do sul de Beirute deixassem as proximidades de prédios identificados em um mapa.
Aequipe da CNN em Beirute ouviu explosões e pôde ver fumaça subindo sobre o bairro de Dahiyeh, no sul.
Entenda o conflito entre Israel e Hezbollah
Israel tem lançado uma série de ataques aéreos em regiões do Líbano nos últimos dias. Na segunda-feira (23), o país teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.
Segundo os militares israelenses, os alvos são integrantes e infraestrutura bélica do Hezbollah, uma das forças paramilitares mais poderosas do Oriente Médio e que é apoiada pelo Irã.
A ofensiva atingiu diversos pontos no Líbano, incluindo a capital do país, Beirute. Milhares de pessoas buscaram refúgio em abrigos e deixaram cidades do sul do país.
Além disso, uma incursão terrestre não foi descartada.
O Hezbollah e Israel começaram a trocar ataques após o início da guerra na Faixa de Gaza. O grupo libanês é aliado do Hamas, que invadiu o território israelense em 7 de outubro de 2023, matando centenas de pessoas e capturando reféns.
Devido aos bombardeios, milhares de moradores do norte de Israel, onde fica a fronteira com o Líbano, tiveram que ser deslocados. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu diversas vezes fazer com que esses cidadãos retornem para suas casas.
No dia 17 de setembro, Israel adicionou o retorno desses moradores como um objetivo oficial de guerra.
Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades. O governo brasileiro também avalia uma possível missão de resgate.