Israel libertou 183 prisioneiros palestinos neste sábado (8), como parte do acordo de cessar-fogo para a Faixa de Gaza. O Hamas, por sua vez, soltou três reféns israelenses.
Dos prisioneiros palestinos, 18 estavam cumprindo penas de prisão perpétua, enquanto 54 tinham penas menores e 111 foram detidos em Gaza depois de 7 de outubro, segundo o Hamas. As acusações contra os outros 111 não estão claras.
Algumas dessas pessoas foram levadas da prisão de Ofer, na Cisjordânia ocupada, para Ramallah. Um vídeo mostrou alguns detentos fracos e magros, com um homem parecendo tão fraco que precisou ser carregado.
O sistema carcerário de Israel foi criticado por reduzir intencionalmente as porções de comida para prisioneiros palestinos no que foi descrito como o mínimo necessário para a sobrevivência, por ordem do então Ministro da Segurança Nacional Ben Gvir no ano passado.
Em comentários feitos em abril de 2024, Gvir afirmou que os prisioneiros palestinos “deveriam ser mortos com um tiro na cabeça” e pediu que um projeto de lei permitisse que as execuções fossem aprovadas no Parlamento.
“Até lá, daremos a eles o mínimo de comida para sobreviver. Não me importo com isso”, comentou. Em outubro, a Suprema Corte de Israel decidiu que as condições no notório centro de detenção de Sde Teiman devem estar de acordo com a lei.
A CNN entrou em contato com o sistema carcerário de Israel e aguarda retorno.
Israel critica condição dos reféns libertados
Os três homens libertados pelo Hamas neste sábado pareciam magros, fracos e pálidos, e em pior condição do que os reféns que haviam sido libertados anteriormente.
O governo israelense descreveu as cenas da libertação dos reféns como “chocantes” e disse que “não passariam despercebidas”,
Já o Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas de Israel disse que as aparências dos reféns libertados eram “perturbadoras”.
Veja na galeria abaixo:
*com informações da Reuters