O presidente do União Rondonópolis, Reydner Souza, explicou nesta terça-feira (11) os motivos que levaram o clube a vender o mando de campo do jogo contra o Vasco, válido pela primeira fase da Copa do Brasil.
A partida, que inicialmente seria disputada no Estádio Luthero Lopes, em Rondonópolis, será realizada no Estádio Kléber Andrade, em Cariacica (ES), no dia 18 de fevereiro, às 20h30 (horário de Mato Grosso).
De acordo com Reydner, a decisão foi tomada para garantir o equilíbrio financeiro do clube e evitar atrasos em compromissos trabalhistas.
O União fechou um acordo de R$ 700 mil, pagos em duas parcelas de R$ 350 mil, além da cobertura dos custos com logística, hospedagem e alimentação da delegação. O time usará os recursos para arcar com as despesas como folha de pagamento do próximo mês.
“Foi muito importante fazer isso. Com certeza, tomei a melhor decisão”, disse o dirigente em entrevista.
![presidente do uniao de rondonopolis](https://media.primeirapagina.com.br/pp-prod-container/2025/02/presidente-do-uniao-de-rondonopolis-.jpg)
Desde 2024, o União enfrenta dificuldades financeiras e já respondeu a cerca de 15 ações trabalhistas na Justiça. Segundo o presidente, caso o mando não fosse vendido, o clube teria dificuldades para quitar a segunda parcela dos acordos judiciais.
Alternativas à venda do mando
Reydner revelou que o clube recebeu propostas para levar o jogo para Brasília e Uberlândia, algumas até financeiramente superiores.
No entanto, a escolha por Cariacica se deu pela solidez do negócio e pelo respaldo do Vasco, além da aprovação das federações do Rio de Janeiro e do Espírito Santo.
![estadio de espirito santo](https://media.primeirapagina.com.br/pp-prod-container/2025/02/estadio-de-espirito-santo-.jpg)
A possibilidade de realizar a partida na Arena Pantanal, em Cuiabá, não foi cogitada pelo clube.
Além disso, manter o jogo em Rondonópolis foi considerado inviável financeiramente, já que, na Copa do Brasil, o time visitante tem direito a 40% da arrecadação da bilheteria, e todas as despesas da partida são responsabilidade do mandante.
“A questão mais importante era o valor do ingresso. Se a gente vendesse o ingresso a R$ 150, iria ter problema. Então toda conta que eu tentei fazer, não fechou. Eu abriria mão de boa parte dessa receita para fazer o jogo em Rondonópolis”, concluiu o presidente.
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O gestor disse ainda que buscou apoio de empresários, “tentei buscar parcerias para arrecadar em torno de R$ 300 mil, mais uns R$ 200 mil com bilheteria. Mas, para isso, precisaríamos vender ingressos a R$ 150, o que causaria problemas. No fim, a conta não fechava”.
Mesmo lamentando a ausência de um jogo histórico para a cidade, Reydner reforçou que a decisão foi tomada visando a sustentabilidade do União Rondonópolis.