O senador John Thune, de Dakota do Sul, venceu a disputa pela liderança do Partido Republicano no Senado dos Estados Unidos, derrotando o senador do Texas John Cornyn no segundo turno, de acordo com três fontes na sala de votação.
A eleição terminou no placar 29 a 24.
Os republicanos conquistaram o controle do Senado após a eleição de 2024.
Em um artigo de opinião na segunda-feira (11) no site da Fox News, Thune, defendendo o papel de liderança, pediu aos colegas republicanos que priorizassem o apoio à agenda de Trump, incluindo os planos do presidente eleito de reprimir a imigração, reduzir os preços, aumentar a produção doméstica de energia e aprovar a legislação tributária.
“Não podemos nos dar ao luxo de tomar essa coalizão [de eleitores] como garantida. Se não cumprirmos as prioridades do presidente Trump, perderemos o apoio deles”, escreveu Thune.
“Eles confiaram em nós com seus votos. Agora temos que arregaçar as mangas e começar a trabalhar”, destacou.
Ao escolher Thune, os republicanos elevam um líder associado à ala do establishment do partido em vez do senador da Flórida Rick Scott, que foi defendido nos últimos dias por vários aliados proeminentes de Trump, incluindo Elon Musk, Vivek Ramaswamy e Tucker Carlson.
A eleição foi conduzida por voto secreto, o que pode ter permitido aos republicanos cautelosos em contrariar os apoiadores mais fervorosos de Trump alguma proteção política.
John Thune se tornará oficialmente líder da maioria republicana quando o novo Senado for empossado, em 3 de janeiro de 2025. Mitch McConnell, que lidera os republicanos do Senado desde 2007, anunciou em fevereiro que deixaria o cargo de liderança neste ano.
Saiba mais sobre John Thune
Thune, de 63 anos , teve um relacionamento complicado com o presidente eleito. Ele pediu que Trump desistisse da eleição de 2016 após o escândalo “Access Hollywood”. Ainda assim, na época, ele disse que ainda planejava votar em Trump.
Ele também condenou as ações de Trump em relação à invasão do Capitólio em 6 de janeiro de 2021, destacando que são indefensáveis.
Ainda assim, quando o empresário enfrentou uma votação no Senado após seu impeachment pelo caso, Thune ficou do lado de McConnell e da maioria da bancada republicana ao votar “inocente”.
Trump não esqueceu a ofensa, pedindo que a governadora de Dakota do Sul, Kristi Noem, montasse um “desafio primário” contra Thune em 2022, embora ela tenha se oposto.
Thune venceu esmagadoramente as votações primárias naquele ano e foi para a vitória na eleição geral.
Em maio de 2023, ele apoiou o senador Tim Scott, da Carolina do Sul, nas primárias presidenciais republicanas. Mas, como ficou claro que Trump conquistaria a nomeação do Partido Republicano pela terceira vez consecutiva, Thune procurou consertar as relações com o ex-presidente.
Thune se encontrou com Trump na propriedade do ex-presidente em Mar-a-Lago, na Flórida, em março, e eles conversaram várias vezes desde então, informou a CNN anteriormente.
O senador também se encontrou com os presidentes da equipe de transição do empresário, Howard Lutnick e Linda McMahon, em Washington no início deste mês, disse uma pessoa familiarizada com o assunto.
John Thune foi eleito pela primeira vez para o Senado em 2004, vencendo de surpresa o senador Tom Daschle, que era então o líder democrata em exercício.
*Zachary B. Wolf, da CNN, contribuiu para esta reportagem
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