O julgamento de Paulo Cupertino, acusado de assassinar o ex-ator de Chiquititas Rafael Miguel e seus pais, foi cancelado após o réu pedir a destituição de seu advogado, Alexander Neves Lopes, durante a sessão do júri.
O episódio ocorreu na noite desta quinta-feira (10), no Fórum da Barra Funda, em São Paulo.
Cupertino alegou que houve uma quebra de confiança entre ele e seu advogado durante os depoimentos, o que motivou o pedido de demissão.
Com a decisão, será necessário constituir uma nova defesa, o que adiou o julgamento indefinidamente.
A previsão inicial era de que o julgamento durasse dois dias, mas, devido à decisão tomada no final do primeiro dia, o processo foi interrompido. Uma nova data deverá ser marcada para reiniciar todo o julgamento.
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O Conselho de Sentença — os jurados responsáveis por determinar a culpa ou inocência do réu — foi dissolvido, e todos os depoimentos tomados até então foram anulados.
O Tribunal de Justiça de São Paulo informou que o julgamento terá de ser refeito, anulando completamente os atos processuais realizados nesta quinta-feira.
O julgamento de Cupertino e de dois outros réus começou às 12h, no Fórum da Barra Funda, na Zona Oeste de São Paulo.
Mais de 20 testemunhas, entre acusação e defesa, haviam sido convocadas para depor. Sete jurados foram selecionados para decidir o destino dos três acusados.
O crime de Paulo Cupertino
O crime ocorreu em 2019, quando Paulo Cupertino assassinou o ator Rafael Miguel e seus pais, João Alcisio Miguel e Miriam Selma Silva Miguel.
De acordo com o Ministério Público (MP), o crime foi motivado por ciúmes, já que Cupertino não aceitava o relacionamento de Rafael com sua filha, Isabela Tibcherani Matias, que à época tinha 18 anos. Atualmente, Isabela tem 23 anos e deixou de usar o sobrenome do pai.
Após o triplo homicídio, Cupertino fugiu e usou o Mato Grosso do Sul como rota de fuga e esconderijo.
Segundo as investigações da Polícia Civil de São Paulo, ele ficou escondido por oito meses em um sítio na cidade de Eldorado (MS), onde era conhecido como “Seu Manoel”.
Além de Cupertino, outros dois réus respondem no processo: Eduardo José Machado, conhecido como “Eduardo da Pizzaria”, e Wanderley Antunes Ribeiro Senhora.
Eles são acusados de favorecimento pessoal por, supostamente, terem ajudado Cupertino a fugir e se esconder após os assassinatos. Ambos respondem ao processo em liberdade.
