A Justiça decretou a prisão preventiva de Gisele Beatriz Dias, 42 anos, acusada de envenenar as filhas gêmeas Manoela Pereira e Antônia Pereira, de 6 anos, na cidade de Igrejinha, no Rio Grande do Sul.
A decisão foi tomada nesta terça-feira (10) após o envio do inquérito policial pela Delegacia de Polícia de Igrejinha, que indicia a mãe como principal suspeita pelas mortes ocorridas em outubro.
A suspeita já estava presa temporariamente, mas, com o fim do prazo da medida, foi solicitada e autorizada sua prisão preventiva. As mortes das gêmeas, que aconteceram em sequência nos dias 7 e 15 de outubro, seguem sendo investigadas.
Relembre o caso
A principal hipótese é que elas tenham sido envenenadas. Testemunhos de familiares e pessoas próximas indicam um histórico de comportamento indiferente de Gisele em relação às gêmeas, enquanto demonstrava afeto apenas pelo filho mais velho, falecido em 2022.
Gisele e o marido –que não é tratado como suspeito– tiveram quatro filhos. Apenas uma, de 19 anos, está viva. Segundo o delegado, o marido “disse que não duvidava que ela [a mãe] fizesse algum mal às suas irmãs, tendo em vista sua conduta ao longo de sua convivência com ela”.
Segundo testemunhas, Gisele costumava reclamar que o marido sempre ficava do lado das filhas após desentendimentos. Após a morte de Manoela, ela teria se oposto à ideia de transferir a casa para Antônia –a irmã gêmea dela–, após o pai ter manifestado essa intenção.
“Verificamos através do depoimento da filha que a mãe tinha por conduta colocar remédio na comida do pai, misturar remédio, para que ele dormisse sempre que ela tivesse com algum desagrado em relação a ele”, complementou o delegado.