A Justiça do Rio de Janeiro decretou a prisão temporária de Deivid Nascimento Santana, suspeito de ter matado com um milkshake envenenado a ex-namorada Vitória da Conceição Pereira, de 23 anos, em Maricá, na região metropolitana da capital.
Preso na última terça-feira (6) em Rio das Pedras, na zona oeste carioca, ele deve ficar detido pelo prazo de 30 dias, até a conclusão da investigação. Na decisão, a Justiça afirma que os indícios de autoria do crime são evidenciados pelos depoimentos de testemunhas e por documentos inclusos no inquérito.
De acordo com as investigações, Vitória bebeu um milkshake que foi enviado por Deivid — informação desconhecida pela vítima — no último sábado (3). Logo após consumir o produto, ela passou mal e foi socorrida ao Hospital Conde Modesto Leal, onde já chegou em parada cardiorrespiratória e permaneceu internada em estado gravíssimo. No domingo (4), a mulher não resistiu e morreu.
Nos autos da investigação consta a informação de que, no fim do mês passado, Deivid invadiu a casa de Vitória com uma faca e fez ameaças contra ela e seu atual namorado. Um inquérito policial foi instaurado e medidas protetivas foram deferidas, proibindo que o ex-namorado entrasse em contato com Vitória.
Um outro registro de ocorrência mostra ainda que Vitória já havia denunciado Deivid pelo crime de perseguição, alegando que ele a importunava com diversas mensagens em redes sociais, inclusive com perfis falsos.
Segundo a advogada da família da vítima, Ingrid Menendes, Deivid fez amizade com um comerciante da região usando outro nome. Ele disse que era apaixonado pela esposa e que queria fazer uma surpresa para pedi-lá em casamento. Dessa forma, Deivid convenceu o comerciante a contratar os serviços da jovem, que era faxineira.
Chegando ao local pra fazer a faxina, Vitória foi recebida por outro homem que seria o dono do apartamento. Foi ele que, segundo a advogada, entregou o milkshake que Deivid comprou.
Imagens obtidas pela Polícia Civil confirmam que foi Deivid quem comprou a bebida e quem colocou veneno no produto. A perícia aguarda a conclusão do laudo para saber qual tipo de veneno foi usado.
Deivid deve responder por homicídio qualificado. De acordo com a Delegacia de Maricá, ele já era investigado pelas denúncias de Vitória e por golpes de vendas de imóveis.
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