A Justiça de São Paulo negou em decisão proferida nesta semana, a revogação da prisão preventiva de Igor Sauceda, 27 anos, acusado de atropelar e matar o motoboy Pedro Kaique Ventura Figueiredo no fim do mês passado após uma suposta briga de trânsito. O caso aconteceu na zona sul de São Paulo.
De acordo com o documento da juíza Isabel Begalli, da 3° Vara Do Tribunal do Júri, a prisão permanece em vigor já que “não se verifica qualquer alteração fática” desde a decisão “que decretou a prisão do acusado”.
A decisão da juíza ressalta que Sauceda teria “comportamento agressivo e ameaçador” e teria, utilizado o mesmo automóvel envolvido no acidente para “intimidar pessoas de sua convivência”, fatos esses, segundo a magistrada, que representam “risco à ordem pública”.
“A presença de condições pessoais favoráveis, tais como primariedade, ocupação lícita e residência fixa, não têm o condão de, por si sós, garantirem a revogação da prisão preventiva se há nos autos elementos hábeis a recomendar a manutenção de sua custódia cautelar”, acrescentou.
Nas redes sociais, o advogado Roberto Guastelli, que representa a família da vítima, afirmou que “a justiça está sendo feita”.
A CNN busca contato com a defesa de Igor Sauceda.
Denúncia do MP
No início deste mês, Igor foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo por homicídio triplamente qualificado.
A denúncia apontava que o motorista do Porsche teria agido com a intenção de matar, por motivo fútil e utilizando meio cruel, sem dar a oportunidade da vítima ter se defendido.
O pedido do MP foi aceito pela Justiça com base em indícios de autoria e provas da materialidade do crime.
Relembre o caso
O acidente ocorreu por volta de 1h20 do dia 29 de julho deste ano. Testemunhas afirmam que Sauceda jogou propositalmente o carro contra a motocicleta após uma discussão no trânsito. O motoboy Pedro Kaique foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital.
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