Morta precocemente aos 30 anos, a rapper três-lagoense Laysa Moraes, a La Brysa, tinha uma vida inteira de sonhos pela frente. Entre eles, estava se mudar para o Rio de Janeiro para viver da própria arte, conta o pai da cantora, o jornalista Paulo Ferreira.
Mestre nas rimas, La Brysa estava morando em Cuiabá há cerca de um ano, mas já tinha planos de ir mais longe.
“Ela voltaria para o MS e iria para o Rio de Janeiro. A primeira grande expectativa dela era disputar uma competição nacional de rappers”, disse Paulo Ferreira, pai de La Brysa.
Paulo conta que falou pela última vez com a filha no primeiro dia do ano, dois dias antes da cantora desaparecer.
“Falamos sobre os planos dela e trocamos mensagens de felicitações devido à virada de ano. Sempre trocávamos mensagens, com a mãe e as irmãs, com mais frequência”, afirmou Paulo Ferreira.
As inúmeras demonstrações de carinho que movimentam as redes sociais desde a descoberta da morte da cantora têm ajudado a família a processar o luto.
Conforme o jornalista, a Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul fez contato com a família, oferecendo ajuda diante da perda. A prefeitura de Três Lagoas, cidade natal de Laysa, também tem dado todo o apoio necessário aos pais da artista.
“Isso já mostra o valor dela. O que nos conforta é ver tanta gente exaltando, principalmente, o trabalho dela”, disse Paulo Ferreira, pai de La Brysa.
O corpo da MC La Brysa está sendo transportado para Três Lagoas (MS) neste sábado (11). A expectativa é de que o corpo da rapper chegue a Três Lagoas até a madrugada deste domingo (12). O velório será realizado no domingo, às 7h.
Partida precoce
La Brysa estava desaparecida desde o dia 3 de janeiro. No último dia 9, o corpo da jovem foi encontrado por um pescador na superfície do Rio Cuiabá e o conduziu até a margem.
O caso está sendo investigado pela DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa), que trabalha com a suspeita de crime cometido por uma facção.
Após o resultado da necrópsia, que apontou que a MC La Brysa foi vítima de afogamento, o delegado Edison Pick, responsável pela investigação, afirmou que a forma como o corpo foi deixado no rio indica um crime premeditado, possivelmente praticado por membros de uma facção criminosa.
A polícia segue apurando a motivação do crime e os possíveis envolvidos.