A Polícia Civil de Goiás (PCGO) fechou um laboratório de produtos derivados da maconha, nessa quinta-feira (21), em Goiânia. Quatro pessoas foram presas e cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos. A operação visou desarticular um grupo que cultivava e vendia ilegalmente óleo e shampoo de cannabis pela internet para todo o Brasil.
A PCGO, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (DENARC), deflagrou nesta quinta-feira a Operação Oil Green. A operação policial cumpriu quatro mandados de prisão temporária e cinco mandados de busca e apreensão em Goiânia, visando desarticular um grupo criminoso responsável pelo plantio, cultivo, produção e venda ilegal de óleo e shampoo antiqueda derivados de cannabis sativa (maconha). A comercialização ilegal ocorria por meio de redes sociais para todo o Brasil.
A investigação teve início após a interceptação, pelos Correios, de encomendas enviadas de Goiânia contendo frascos de óleo de maconha. As encomendas tinham como destinatários pessoas de outros estados. Os produtos à base de cannabis eram anunciados como tratamento alternativo para diversas doenças, sem autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
A Polícia Civil identificou um grupo de quatro pessoas que plantava e cultivava cannabis sativa em residências ligadas aos investigados. Os suspeitos fabricavam e comercializavam os produtos como uma opção alternativa de tratamento para várias doenças, sem a devida autorização e supervisão do órgão responsável pela saúde. Este grupo operou por cerca de cinco anos e oferecia cada unidade pelo valor de R$ 300.
Apreensão de estufa e produtos
Em um apartamento no Setor Bueno, em Goiânia, a polícia encontrou duas estufas com diversos pés de cannabis sativa, frascos, rótulos, produtos prontos para venda e outros objetos. O local funcionava como um laboratório para o plantio, cultivo, manipulação, envasamento e produção dos produtos derivados da planta.
A legislação brasileira permite a importação, fabricação e comercialização de produtos derivados de cannabis para fins terapêuticos e medicinais, desde que haja autorização da Anvisa.
Em alguns casos, o Poder Judiciário autoriza, excepcionalmente e para fins terapêuticos e medicinais, o plantio, cultivo e extração de produtos à base de cannabis para uso próprio. A comercialização ou cessão da substância produzida é proibida.
Uma das investigadas possuía autorização judicial para essas práticas, mas a investigação demonstrou que ela utilizava a autorização para comercializar os produtos.
A Polícia Civil continua a investigação para identificar outras pessoas que possam estar envolvidas no esquema criminoso.