A Assembleia Nacional da Venezuela (AN) rechaçou na terça-feira (17) a decisão do Congresso dos Deputados da Espanha de reconfirmar Edmundo González como vencedor da eleição presidencial venezuelana.
O presidente do legislativo bolivariano, Jorge Rodríguez, afirmou que já passou da hora de o governo “avaliar uma ruptura nas relações diplomáticas e comerciais” com Espanha.
Na semana passada, o Congresso dos Deputados de Espanha aprovou uma proposta não legislativa (PNL), que partiu de uma petição do Partido Popular, para instar o Governo a constituir González como presidente eleito e legítimo do país sul-americano. Desde então, o candidato da oposição reuniu-se com o presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, e vários ex-líderes espanhóis, que ofereceram o seu apoio.
“Não vamos permitir que isso aconteça, nem no império norte-americano nem nas suas terras da Europa. Para que se respeitem, a Venezuela se respeite, não mexemos com ninguém e exigimos que ninguém mexa com a República Bolivariana da Venezuela, com as suas instituições, com a sua liberdade e com a sua verdade”, garantiu Rodríguez sobre a medida.
A chegada de González a Espanha como requerente de asilo e a detenção de dois cidadãos espanhóis acusados, sem apresentar provas, de fazerem parte de um plano para matar Maduro, resumem o cenário de uma possível ruptura.
Além disso, estes milhares de membros do Senado espanhol debatem uma moção para iniciar o governo para reconstituir o candidato presidencial da oposição como presidente eleito da Venezuela.