Ligação entre Trump e Putin sobre Ucrânia assusta líderes europeus


A União Europeia repudiou o início das conversas para um plano de paz na Guerra da Ucrânia, negociado entre Donald Trump e Vladimir Putin. Os europeus temem que a Ucrânia e outros países do continente fiquem fora das negociações sobre o conflito.

Nesta quinta (13), o americano prometeu que Kiev vai estar presente nas conversas de paz, mas não citou nenhuma participação de nações do velho continente.

Antes desta declaração, Trump disse que iria se encontrar com Putin na Arábia Saudita, mas não havia citado a participação do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, ou diplomatas do país.

A aproximação entre os dois líderes é classificada como o fim do isolamento russo por parte dos Estados Unidos. No momento, Trump passa por cima da Europa, que negociava um acordo de paz desde o início do conflito.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, defendeu que a Ucrânia esteja na melhor posição possível.

“Os ucranianos, mais do que qualquer um, querem que o conflito termine. Mas devemos garantir que a Ucrânia esteja no centro disso. Não pode haver negociações sobre a Ucrânia sem que a Ucrânia esteja no centro delas. E é realmente importante que a Ucrânia esteja na posição mais forte possível.”, disse o premiê britânico.

Líderes da União Europeia destacaram que, em 2024, o continente enviou US$ 125 bilhões em ajuda à Ucrânia, enquanto os americanos tiveram um esforço menor – de US$ 88 bilhões. Segundo eles, isso seria mais um fator para a Europa se manter próxima das conversas de paz.

“Qualquer solução rápida é um acordo sujo, como já vimos antes, no caso dos acordos de Minsk, por exemplo, e simplesmente não vai funcionar.”, afirmou a chefe da diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas.

O bloco também afirma que é uma ilusão pensar que Trump e Putin chegarão a um acordo. A percepção é que o republicano errou em abrir concessões à Rússia antes mesmo de negociações oficiais sobre a paz.

Nesse contexto, tem início nesta sexta-feira (14) a Conferência de Segurança de Munique, considerada o principal fórum envolvendo políticas de proteção.

Cerca de 60 chefes de governo e de Estado vão estar presentes, incluindo o vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, e o secretário de Estado americano, Marco Rubio.



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