Uma semana após o incêndio que consumiu o Shopping Popular de Cuiabá, ainda não há uma definição do espaço para o recomeço dos lojistas e com isso, alguns comerciantes estão expondo os produtos na calçada da Avenida Carmindo de Campos, uns com tendas enquanto outros ao relento.
Diante do impasse, alguns comerciantes estão negociando para se instalarem no Terminal Rodoviário Engenheiro Cássio Veiga de Sá, conhecido popularmente como Rodoviária de Cuiabá.
Inicialmente, a prefeitura de Cuiabá iria ceder o Complexo Dom Aquino, ao lado do Shopping Popular, no entanto o Ministério Público se posicionou contrário à decisão e orientou que os lojistas usem o espaço do próprio estacionamento.
O incêndio deixou o local, que abrigava cerca de 600 lojistas, em ruínas.
Agora, o Shopping Popular está sob responsabilidade da Defesa Civil municipal, que aguarda a conclusão da perícia e os trabalhos da Politec. Assim que a perícia for concluída, um comunicado oficial será divulgado para a imprensa e também para a Defesa Civil.
A liberação do acesso será feita conforme as medidas determinadas.
De acordo com o coordenador da rodoviária, Selmo Oliveira, como o espaço está em processo de reforma com ampliação da área comercial, foi aberto espaço para negociação com alguns empreendedores do Shopping Popular.
“Com isso, avançamos com alguns deles, sendo observado a visitação de outros que também buscam oportunidade de se instalar. Já temos 4 [comerciantes] com contração em andamento e recebemos mais 6 interessados que estão no processo inicial da negociação”, explica Selmo.
O coordenador ressalta ainda que a rodoviária terá um total de 105 locações disponíveis para lojas, quiosques e agências. Destas, 77 estão com contratos e 28 disponíveis.
Entenda a cronologia do incêndio
A cronologia do incêndio mostra que as câmeras do Vigia Mais, em frente do Shopping Popular, registram as primeiras fumaças a partir das 2h26, do dia 15 de julho.
⛑ A 1ª ligação com pedido de ajuda que os bombeiros receberam foi às 2h46.
🔥 Cerca de 7 minutos depois do 1º chamado, os militares chegaram ao local e disseram que já encontraram o prédio tomado pelas chamas.
⏳ Do conhecimento do fogo, ao início do trabalho dos bombeiros, se passaram 27 minutos.
Existem relatos de câmeras internas dos lojistas que mostram gravações de 2 minutos, onde o fogo consumiu, no pequeno intervalo de tempo, toda a região que era filmada.
“O local tem muito material combustível, então o incêndio se alastrou com grande velocidade, apesar do nosso tempo de resposta ter sido excelente. Quando chegamos aqui a parede do segundo piso, que tem 12 metros, estava consumido por chamas que alcançava tranquilamente 15 metros de altura”, explicou o tenente-coronel dos bombeiros Heitor Fernandes da Luz.
Ainda segundo o tenente, é difícil para quem está de fora entender, porque dentro do local havia bastante fumaça e fogo de cor azul que indicava a presença de gases, que poderiam ser de lojas de perfume ou de campings.
“Infelizmente, grande parte do Shopping Popular realmente foi consumido. É importante enfatizar que tivemos um período de resposta de 7 minutos. A primeira ligação foi às 2:46, e às 2:53 já havia viaturas no local para fazer o combate às chamas.”, afirma.
O incêndio começou na madrugada do dia 15 de julho. A investigação da Polícia Civil suspeita de que o fogo tenha sido causado por uma falha no sistema elétrico.
Os bombeiros aguardam a Perícia Técnica para avaliar toda a área que foi destruída pelo fogo. A assessoria do Shopping afirmou que ainda não tem a metragem que foi perdida.
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