O presidente da França, Emmanuel Macron, disse que ele e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deram “passos significativos” durante a reunião desta segunda-feira (24) sobre o conflito na Ucrânia.
O líder francês enfatizou o desejo comum dos dois pela paz no lesta europeu – mas arletou que isso não acontecerá se a Ucrânia for forçada a se render.
“Esta paz não deve significar a rendição da Ucrânia. Não deve significar um cessar-fogo sem garantias. Esta paz deve permitir a soberania ucraniana e permitir que a Ucrânia negocie com outras partes interessadas”, declarou Macron em uma coletiva de imprensa com Trump na Casa Branca.
O presidente francês elogiou o líder dos EUA pela “decisão de trabalhar com o presidente (Volodymyr) Zelensky e de concluir este acordo sobre terras e minerais que é tão importante para os EUA e à Ucrânia, mas também de ter conversas concretas com o presidente Zelensky nesta fase chave para alcançar este acordo, que é um grande compromisso com a soberania da Ucrânia”.
Macron acrescentou que “depois de falar com o presidente Trump, acredita plenamente que há um futuro progressivo”, dizendo que “compartilham as mesmas crenças” sobre a construção de uma paz duradoura.
Trump afirmou acreditar que Macron concorda com ele em “muitas das questões mais importantes”, incluindo que este é o momento certo para acabar com a guerra.
Entenda a Guerra entre Rússia e Ucrânia
A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e entrou no território por três frentes: pela fronteira russa, pela Crimeia e por Belarus, país forte aliado do Kremlin. Forças leais ao presidente Vladimir Putin conseguiram avanços significativos nos primeiros dias, mas os ucranianos conseguiram manter o controle de Kiev, ainda que a cidade também tenha sido atacada. A invasão foi criticada internacionalmente e o Kremlin foi alvo de sanções econômicas do Ocidente.
Em outubro de 2024, após milhares de mortos, a guerra na Ucrânia entrou no que analistas descrevem como o momento mais perigoso até agora.
As tensões se elevaram quando o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou o uso de um míssil hipersônico de alcance intermediário durante um ataque em solo ucraniano. O projétil carregou ogivas convencionais, mas é capaz de levar material nuclear.
O lançamento aconteceu após a Ucrânia fazer uma ofensiva dentro do território russo usando armamentos fabricados por potências ocidentais, como os Estados Unidos, o Reino Unido e a França.
A inteligência ocidental denuncia que a Rússia está usando tropas da Coreia do Norte no conflito na Ucrânia. Moscou e Pyongyang não negam, nem confirmam o relato.
O presidente Vladimir Putin, que substituiu seu ministro da Defesa em maio, disse que as forças russas estão avançando muito mais efetivamente – e que a Rússia alcançará todos os seus objetivos na Ucrânia, embora ele não tenha dado detalhes.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse acreditar que os principais objetivos de Putin são ocupar toda a região de Donbass, abrangendo as regiões de Donetsk e Luhansk, e expulsar as tropas ucranianas da região de Kursk, na Rússia, das quais controlam partes desde agosto.
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