O presidente da França, Emmanuel Macron, reafirmou seu apoio à Ucrânia e reiterou sua condenação à escalada dos ataques da Rússia contra o país em um telefonema com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disseram os dois líderes.
Uma declaração do gabinete de Macron destacou que eles fizeram a ligação nesta sexta-feira (29), durante a qual o líder francês “condenou nos termos mais fortes possíveis os ataques indiscriminados da Rússia que estão se intensificando consistentemente contra cidades, populações civis e contra a infraestrutura energética da Ucrânia”.
Uma nota de Zelensky no Telegram ressaltou que ele havia enfatizado novamente a Macron a importância de um convite da Otan, a aliança militar ocidental, para que a Ucrânia integre o bloco.
“Tive uma conversa produtiva com o presidente francês Emmanuel Macron. Agradeci a ele pela prontidão da França em ajudar a fortalecer as capacidades de defesa aérea da Ucrânia e pelo apoio geral e pela aceleração da transferência de aeronaves Mirage”, afirmou.
Entenda a Guerra entre Rússia e Ucrânia
A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e entrou no território por três frentes: pela fronteira russa, pela Crimeia e por Belarus, país forte aliado do Kremlin.
Forças leais ao presidente Vladimir Putin conseguiram avanços significativos nos primeiros dias, mas os ucranianos conseguiram manter o controle de Kiev, ainda que a cidade também tenha sido atacada. A invasão foi criticada internacionalmente e o Kremlin foi alvo de sanções econômicas do Ocidente.
Em outubro de 2024, após milhares de mortos, a guerra na Ucrânia entrou no que analistas descrevem como o momento mais perigoso até agora.
As tensões se elevaram quando o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou o uso de um míssil hipersônico de alcance intermediário durante um ataque em solo ucraniano. O projétil carregou ogivas convencionais, mas é capaz de levar material nuclear.
O lançamento aconteceu após a Ucrânia fazer uma ofensiva dentro do território russo usando armamentos fabricados por potências ocidentais, como os Estados Unidos, o Reino Unido e a França.
A inteligência ocidental denuncia que a Rússia está usando tropas da Coreia do Norte no conflito na Ucrânia. Moscou e Pyongyang não negam, nem confirmam o relato.
O presidente Vladimir Putin, que substituiu seu ministro da Defesa em maio, disse que as forças russas estão avançando muito mais efetivamente – e que a Rússia alcançará todos os seus objetivos na Ucrânia, embora ele não tenha dado detalhes.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse acreditar que os principais objetivos de Putin são ocupar toda a região de Donbass, abrangendo as regiões de Donetsk e Luhansk, e expulsar as tropas ucranianas da região de Kursk, na Rússia, das quais controlam partes desde agosto.