Macron revida comentários sobre Napoleão e chama Rússia de imperialista

CNN Brasil


O presidente francês Emmanuel Macron revidou nesta quinta-feira (6) contra a Rússia, depois que o Kremlin o alertou para não ameaçá-la com retórica nuclear e fez comparações com a conquista fracassada da Rússia por Napoleão.

Em um discurso solene na quarta-feira, Macron alertou a nação francesa que a Rússia estava se rearmando rapidamente após a invasão da Ucrânia e poderia atacar mais países se não fosse firmemente dissuadida.

“Eu conheço bem o presidente Putin. Se ele está reagindo assim, é porque ele sabe que o que eu disse é verdade”, Macron disse a repórteres em uma cúpula da União Europeia em Bruxelas nesta quinta.

“Ele está cometendo um erro histórico: Napoleão travou conquistas. O único poder imperialista que vejo na Europa agora é a Rússia”, disse ele, respondendo a uma pergunta feita por um jornalista russo exilado na França.

Macron afirmou que sabia que Putin poderia voltar atrás em sua palavra, porque isso aconteceu com os acordos de Minsk assinados com a França, Alemanha e Ucrânia após a invasão da Crimeia em 2014.

“Ele provavelmente ficou irritado pelo fato de estarmos expondo seu jogo”, disse Macron.

Respondendo a uma pergunta sobre os comentários do presidente dos EUA, Donald Trump, questionando se a França ajudaria os EUA se eles fossem atacados, Macron afirmou que a França e outros países europeus se juntaram às tropas dos EUA na luta no Afeganistão após o 11 de setembro.

“Não apenas os franceses, mas os europeus estavam lá quando fomos chamados para o Afeganistão. E, a propósito, eles não foram educadamente avisados ​​quando (os EUA deixaram o Afeganistão)”, acrescentou o presidente francês. “Somos aliados leais e fiéis.”

Macron também disse que foi abordado por outros líderes o dia todo durante uma cúpula da UE em Bruxelas sobre a oferta de estender a dissuasão nuclear francesa para o resto da Europa e espera ver cooperação até o final do primeiro semestre de 2025, após conversas técnicas com outros líderes.

Ele convidou outros líderes da UE para uma reunião de chefes do exército europeu em Paris na terça-feira (11).



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