Megaoperação no Rio para prender 14 criminosos do CV tem tiros e barricadas no Alemão


As polícias Civil e Militar buscam desarticular o núcleo financeiro do Comando Vermelho no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (15).

Os agentes cumprem 14 mandados de prisão na comunidade e em outras regiões do Rio na Operação Torniquete. Até o momento, seis pessoas foram presas. 

Nesta fase da operação, os principais alvos são familiares e operadores do fundo financeiro da facção criminosa, conhecido como “Caixinha do CV”. 

As investigações, conduzidas pelo Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro (LAB-LD), revelaram um esquema sofisticado que movimentou milhões de reais oriundos de atividades ilícitas. 

Moradores relataram troca intensa de tiros e barricadas para impedir o avanço das equipes nesta quarta (15). Veja vídeos abaixo: 

 

 

Os alvos da operação foram denunciados pelo Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (GAECO), pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro, relacionados ao tráfico de drogas. 

Além disso, eles são acusados de ocultar valores ilícitos em mais de 4.888 operações financeiras, que totalizam mais de R$ 21,5 milhões. 

Nesta quinta (15), as ordens judiciais são cumpridos em diversas localidades da capital fluminense, assim como nos estados da Bahia e da Paraíba. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada do RJ. 

A segunda fase da Operação Torniquete acontece desde setembro de 2024 e já resultou em mais de 300 prisões. 

A iniciativa busca asfixiar financeiramente as organizações criminosas, que possuem recursos de diversos crimes fomentados pelas facções e que impactam a população, como roubos e furtos de veículos e de cargas, além de exploração e disputa por territórios.

A investigação

O sistema conhecido como “Caixinha do CV” funciona por meio de taxas cobradas mensalmente de líderes de pontos de venda de drogas em comunidades dominadas pela facção, segundo o Ministério Público. 

Em troca, os responsáveis pelas “bocas de fumo” têm acesso a fornecedores de entorpecentes, suporte logístico e apoio bélico. 

De acordo com o MP, os valores arrecadados pela facção são destinados à compra de drogas e armamento, expansão territorial, pagamento de propinas, assistência a faccionados presos e crimes como extorsões e roubos de cargas e veículos.



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