Publicação recente mostrou que, desde a chegada da colonização no Brasil até 1985, o país perdeu 20% de sua vegetação nativa. Que nos 39 anos seguintes perdeu mais 13%. O total, portanto, desde o início, teria sido de 33% da vegetação nativa do país.
Apareceu nesses dias também publicação que mostra que Mato Grosso tem 40% menos de sua vegetação nativa. Que teria ainda 60% preservados. O estado está na décima posição no país em preservação.
São números expressivos, tanto o nacional quanto o do estado, mas dá certo alívio ao pensar que nem tudo foi perdido. Que nem tudo foi destruído nesses tantos anos, principalmente de 1985 para cá, quando o agro entrou firme para produzir bens para exportar.
Essa preocupação em preservar, praticamente não existia alguns anos atrás, nem aqui e nem em tantos lugares pelo mundo. De uns tempos cá, esse assunto entrou na pauta mundial e deve-se preservar, mesmo porque senão as consequências serão drásticas para a humanidade.
Em Mato Grosso, como exemplo, na época da chegada das pessoas do Sul do país, naquela conquista de diferentes lugares do estado, havia incentivo até para desmatar. Não havia, por parte de governos ou de bancos que emprestavam dinheiro, preocupação com preservação.
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Incêndios, diferentes motivos
Não havia cutucadas do exterior dizendo que se fizer isso ou aquilo com a natureza haveria consequências econômicas ou comerciais. Não havia, como hoje, uma preocupação da União Europeia ameaçando não comprar bens do país se for do bioma amazônico desmatado nos últimos anos.
Não havia, por parte de compradores de fora, cutucões nos governos e empresas para forçar países, como estão fazendo agora com o Brasil, a não desmatar suas florestas. O mundo era outro. Agora mudou e o caminho deve ser este mesmo com a preocupação com o futuro humano na terra.
Poucos dias atrás empresários de alto coturno no Brasil assinaram documento na defesa da preservação ambiental. Até algum tempo atrás isso era praticamente impensável. Diriam que era coisa de Ongs estranhas ou de pessoas com pouca visão dos negócios que pediam isso. Hoje mudaram. Sabem, é óbvio, que o exterior olha enviesado para o Brasil sobre esse assunto e que negócios podem ser afetados.
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Eleição quente nos EUA
Ainda bem que chegou a preocupação nacional no momento que o país ainda tem muito coisa preservada. Comparar o que o Brasil preservou com o que aconteceu nos EUA e Europa é até risível. Lá não tem praticamente mais nada.
A coluna sempre lembra uma frase de Hilary Clinton, quando Ministra das Relações Exteriores dos EUA, numa visita ao Brasil, que disse que a bomba atômica do Brasil perante a comunidade mundial era o meio ambiente ainda preservado. Temos que saber usar essa bomba nos momentos de negociação internacional em muitas áreas. Qual pais no mundo tem um território tão amplo ainda preservado?
Esses números tem que aparecer na COP mundial sobre clima que deve ocorrer no ano que vem no Pará. MT tem que ser um dos players daquele encontro. Usar como plataforma para mostrar o que preservou, com aumento de produção, e vender isso para o exterior. Ali poderia ser o inicio do uso da nossa tal bomba atômica.
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Turismo na economia