O presidente argentino Javier Milei desembarcou, nesta quinta-feira (14), nos Estados Unidos, onde deve se encontrar com o presidente eleito do país, Donald Trump, e participar da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC, na sigla em inglês), em Mar-a-Lago, resort pertencente ao líder republicano.
Milei foi aos Estados Unidos acompanhado de sua irmã e secretária-geral da Presidência, Karina Milei, e de seu novo chanceler Gustavo Werthein.
O encontro entre o libertário e o republicano será o primeiro de Trump com um chefe de Estado estrangeiro desde as eleições americanas. A expectativa, no entanto, é que ele e Trump tenham um “encontro informal” e não uma reunião bilateral.
Quando Donald Trump tomará posse como presidente dos Estados Unidos?
Na quarta-feira (13), Milei revelou querer que a Argentina tenha um acordo de livre comércio com os Estados Unidos.
“Nós acreditamos que nesta posição podemos avançar em maiores acordos comerciais com os Estados Unidos, da mesma maneira em que estamos avançando muito fortemente com a China”, disse em entrevista para a Rádio Rivadavia.
A previsão é que o encontro do argentino com Trump aconteça ainda nesta quinta.
Ambos já conversaram por telefone. Segundo Milei, a conversa durou cerca de 11 minutos e o presidente argentino revelou para o norte-americano que agora sente ter companhia na defesa de suas ideias.
“Ele disse que eu não estaria mais sozinho, que ele iria me acompanhar, que juntos vamos fazer a América e a Argentina grandes novamente e que eu era seu presidente favorito. Isso fez eu me sentir muito honrado”, disse Milei, na entrevista, sobre o teor da conversa.
Questionado sobre as expectativas de que o alinhamento entre os dois ajude a Argentina a ter acesso a recursos do Fundo Monetário Internacional (FMI) – um dos motivos apontados por economistas para o desempenho positivo da bolsa e da medição do risco país da Argentina no dia seguinte à eleição de Trump –, Milei disse que ainda não abordou o assunto com o presidente eleito.
“Ainda não falamos disso, porque tem outros caminhos. O que está claro é que o governo eleito se sente muito mais confortável trabalhando comigo do que com outros governos. E isso obviamente tem implicações comerciais e financeiras”, disse Milei.
“Obviamente que é de esperar que a atual administração dos EUA nos apoie para seguir avançando com o FMI”, complementou.