A ministra da Saúde, Nísia Trindade, em entrevista ao Live CNN, esclareceu que não há recomendação para vacinação em massa contra a mpox (anteriormente conhecida como varíola dos macacos) no Brasil.
A declaração vem em um momento de preocupação com a disseminação da doença no país.
Segundo Nìsia, o Brasil ainda não registrou casos da variante 1B do vírus, mas monitora atualmente cerca de 700 pessoas que contraíram a doença.
A ministra enfatizou que a vacinação, caso seja adotada, será focada em grupos específicos e não em larga escala.
Negociações e desenvolvimento de vacina
O Ministério da Saúde está em negociação para a aquisição de 25 mil doses de vacina contra a mpox, aguardando resposta da Organização Pan-Americana de Saúde.
Paralelamente, há uma parceria com o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação para o desenvolvimento de uma vacina nacional, ainda em fase preliminar, na Universidade Federal de Minas Gerais.
Nísia ressaltou a importância de iniciativas estratégicas como a “biblioteca de vacinas”, visando antecipar respostas a futuras ameaças à saúde pública.
No entanto, alertou que o desenvolvimento de uma nova vacina leva tempo e não poderá atender aos casos atuais.
Combate à desinformação
A ministra também abordou a questão da desinformação sobre a mpox, destacando que a transmissão não ocorre apenas por via sexual, mas por qualquer contato próximo com pessoas infectadas ou suas secreções.
Ela recomendou que a população busque informações em fontes confiáveis, como o site do Ministério da Saúde.
“Sobre a vacinação, temos uma boa notícia que é a retomada da cobertura vacinal. O Brasil saiu daqueles 20 países que menos vacinam”, afirmou ela, referindo-se a um relatório recente da Unicef.
A ministra detalhou estratégias para aumentar a cobertura vacinal, incluindo planejamento local, horários estendidos de atendimento e vacinação nas escolas.
Nísia concluiu enfatizando o compromisso do Ministério da Saúde em proteger a saúde e a qualidade de vida da população brasileira, reiterando que “vacina é vida” e que o ministério está empenhado em levar a sério a questão da vacinação no país.