O desaparecimento e a morte da MC La Brysa, encontrada no rio Cuiabá no início deste mês de janeiro, têm gerado grande comoção, tanto na mídia tradicional quanto nas redes sociais.
No TikTok, criadores de conteúdo têm destacado detalhes chocantes do caso, como o fato de o corpo da artista ter sido encontrado enrolado em um tapete e preso a uma lata de concreto.
Laysa Moraes, de 30 anos, conhecida como La Brysa, desapareceu no dia 3 de janeiro e foi encontrada morta, no Rio Cuiabá, no dia 9 de janeiro, por um pescador que passava por ali. Vários vídeos foram postados sobre as circunstâncias do caso.
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Os tiktokers levantam também a possibilidade de que a morte tenha ocorrido devido a sinais ou referências a símbolos que a MC possa ter feito, associados a alguma facção.
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A tiktoker Mariah Heusi também chamou atenção para os sinais relacionados às facções. “Sabe esse negócio que está rolando, em que a galera até zoa nos vídeos sobre tirar fotos fazendo sinais que podem ser associados a facções? Isso é realmente muito sério, gente!”, afirmou.
A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investiga o crime como um possível homicídio relacionado a facções criminosas. Até a publicação desta reportagem não houve identificação do suspeito ou dos suspeitos do crime.
Relembre o caso
Ao perceberem a ausência repentina da rapper, os amigos dela foram até a casa da artista, no bairro Santa Isabel, em Cuiabá, e encontraram a porta aberta, com todos os seus pertences importantes ainda na residência.
O desaparecimento foi registrado e divulgado pelo Núcleo de Pessoas Desaparecidas da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que iniciou as investigações, até encontrar o corpo no rio.
Carreira de La Brysa
Natural de Três Lagoas (MS), Laysa Moraes, a La Brysa, construiu uma carreira sólida ao longo de 12 anos dedicados às rimas e ao hip hop. Foi uma das pioneiras nas Cyphers femininas do estado e participou de importantes eventos, como o The Big Cypher of Campão e a Batalha do Conhecimento do MST.
Além disso, acumulou várias vitórias em batalhas de rima e conquistou títulos estaduais, como o da Batalha Vai Ser Rimando, organizada pelo rapper Emicida. Ela também era uma presença constante no topo do ranking das tradicionais batalhas de rap de Cuiabá, como a Batalha da Alencastro.