O pecuarista Milton de Andrade Hildebrand será investigado pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) por maus-tratos a bovinos na fazenda Alvorada, localizada no município de Rio Verde de Mato Grosso (MS).
O proprietário da fazenda deixou mais de 50 cabeças de gado morrerem atoladas na lama formada pela seca do Rio Taquari, na região do Pantanal de Mato Grosso do Sul.
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Fazendeiro que deixou gado morrer atolado é reincidente por maus-tratos
Pescadores da região registraram imagens dos animais agonizando ao tentar escapar da lama na segunda-feira (9).
A Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente da Comarca de Rio Verde instaurou um inquérito civil e notificou o proprietário rural, exigindo que ele informe se adotou medidas para cessar a situação.
Além disso, o proprietário terá que encaminhar um relatório e registros fotográficos que comprovem as providências tomadas.
Além dos crimes de maus-tratos contra animais, Hildebrand também é investigado por degradação de Área de Preservação Permanente (APP).
O promotor de Justiça Matheus Bukcer, na notificação, propôs a assinatura de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), com o objetivo de solucionar os danos ambientais causados pelo pecuarista.
O proprietário rural foi preso no dia 8 de setembro pela PMA (Polícia Militar Ambiental) do município de Coxim.
A prisão foi motivada pelo flagrante de animais mortos e agonizando às margens do Rio Taquari.
A propriedade também apresentava características de abandono, sem pastagem, alimentos ou água para o rebanho.
No entanto, ele foi liberado em seguida, pois a pena pelo crime não ultrapassa dois anos.
Milton de Andrade Hildebrand teve liberdade sob compromisso de cuidar do gado.
Além de ser investigado criminalmente, ele foi multado pela PMA em R$ 3 mil por animal, valor que pode ultrapassar dois milhões de reais, já que mais de 50 bovinos morreram e aproximadamente mil cabeças de gado foram encontradas em condições visíveis de abandono, muitas debilitadas e incapazes de se locomover.