Durante participação no Fórum Empresarial Brasil-Chile, o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), pôde estreitar as relações com o país chileno para discutir investimentos na Rota Bioceânica. O evento foi realizado nesta quarta-feira (23), em Brasília.

Além das autoridades internacionais, participaram do evento a ministra do Planejamento e Orçamento do Brasil, Simone Tebet. Entre os tópicos debatidos está o corredor que deve ligar países da América do Sul e impulsionar o setor de logística com importação e exportação.
“A Rota é um projeto nacional. Isso fica claro quando a ministra Simone se envolve, quando o presidente da República se envolve. São investimentos de mais de um bilhão só no estado de Mato Grosso do Sul para viabilizar a Rota. O mais importante ainda é que há uma mobilização dos outros três países envolvidos nesse projeto. Contar com a presença do presidente chileno, mostrando os investimentos chilenos para otimizar todo o impulso que a Rota vai dar no território chileno, é extremamente importante”, disse Riedel.
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Para a ministra Simone Tebet, o envolvimento mais direto com o Chile era o que faltava para transformar a Rota Bioceânica mais competitiva.
“Nós precisamos dos cinco portos do Chile para exportarmos os nossos produtos, para que cheguem mais rápido e mais barato e, portanto, tornem-se mais competitivos. Isso vale tanto para o nosso agronegócio quanto para o setor empresarial brasileiro, que exporta para a China e para o mercado asiático, via Pacífico”, frisou Simone.
Para os próximos dias, é esperada a visita de ministros de Estado do Chile, em Mato Grosso do Sul, onde serão iniciadas tratativas de negócios na área do turismo, serviços, comércio, empresarial e agronegócio.
“Vamos alinhar tudo porque está prevista, para maio do ano que vem, a entrega da ponte binacional e, no máximo até março de 2027, a entrega da alça. Ela nem precisa estar totalmente pronta para que o processo comece. A gente só precisa da ponte concluída. Portanto, a partir de maio do ano que vem, com a ponte pronta, já começamos a ver a movimentação de tráfego e a mudança no cenário econômico do Mato Grosso do Sul e do Brasil”, afirmou Tebet.
Economia pulsante
Conforme divulgado pelo Governo de Mato Grosso do Sul, de janeiro a março de 2025, Brasil e Chile tiveram intercâmbio econômico de US$ 2,7 bilhões. Desse total, US$ 1,56 bilhão foram exportados e US$ 1,21 bilhão importados.
Os produtos mais exportados ao Chile foram óleos brutos de petróleo, carnes, automóveis e tratores. Já o Brasil importou, principalmente, salmão, vinhos e derivados de cobre.