MT tem salto na gestão rural feminina


Já passou o tempo em que as mulheres não tinham destaque no mercado de trabalho. Hoje, além de ocuparem espaço em diversas áreas, elas vêm conquistando, aos poucos, reconhecimento também no campo.

De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), o Brasil possui mais de 1,37 milhão de pecuaristas e cerca de 18% dos estabelecimentos estão com as mulheres à frente da gestão.

Os dados do Censo Agropecuário do IBGE indicam um crescimento expressivo da participação feminina na gestão de estabelecimentos rurais em Mato Grosso e no setor pecuário em geral entre 2006 e 2017. No estado, o número de propriedades dirigidas por mulheres quase dobrou, passando de 10.254 para 19.924, um aumento de 94,3%.

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Na pecuária e criação de outros animais, o crescimento foi de 55,6%, com os estabelecimentos geridos por mulheres saltando de 289,7 mil para 450,7 mil. Além disso, a participação feminina na pecuária passou de 44,1% em 2006 para 47,6% em 2017, consolidando o setor como o principal entre as produtoras rurais.

O protagonismo feminino no campo

Ida Beatriz Machado, quarta geração de uma família de pecuaristas, sempre precisou se esforçar mais para ser reconhecida no mercado em que atua. Como administradora de uma fazenda em Cáceres (225 km a oeste de Cuiabá) localizada em Mato Grosso, ela carrega o legado familiar iniciado por seu bisavô.

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Um dos aspectos que mais a motivam no trabalho é “contribuir para a melhoria contínua da pecuária”. Para isso, Ida aliou formação acadêmica, inovação e tecnologia, garantindo um produto de qualidade e consolidando seu nome no setor.

“Desafios sempre existem. Precisamos apresentar resultados, ter consistência e conhecimento sobre a atividade que desenvolvemos”, afirma a pecuarista.

Além de representar as mulheres no setor, Ida Beatriz faz parte de uma nova geração de pecuaristas, preocupada com a sustentabilidade e sempre em busca de novas tecnologias para aprimorar a qualidade da proteína vendida.

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Ela destaca que seu produto é altamente competitivo em termos de qualidade. “Sempre observamos a demanda do mercado para atender da melhor forma nosso cliente final”, explica a administradora rural.

Por fim, Ida ressalta que trabalhar diretamente no campo é desafiador, pois envolve fatores como clima, relevo, infraestrutura, tecnologia e boas práticas agropecuárias. Ela conclui: Nosso maior desejo é que o consumidor final conheça os benefícios dessa produção para a economia brasileira, que impacta diretamente o equilíbrio social”.



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