Angélica Saraiva de Sá, conhecida como “Angeliquinha”, foi condenada a 99 anos e 11 meses de reclusão em regime fechado e ao pagamento de 10 dias-multa pelo Tribunal do Município de Nova Monte Verde, a 920 km de Cuiabá, pela morte de quatro homens em agosto de 2022.
Ela foi responsabilizada pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e integração em organização criminosa.
O crime ocorreu na Fazenda São João. As vítimas foram brutalmente torturadas e assassinadas com requintes de crueldade. As identidades são:
- Alan Rodrigues Pereira, de 36 anos
- Caio Paulo da Silva, de 31 anos
- Jefferson Vale Paulino, de 27 anos
- João Vitor da Silva, de 19 anos

Segundo as investigações da Polícia Civil, os quatro homens haviam se mudado do Paraná para Mato Grosso para trabalhar nas obras de pavimentação asfáltica.
No entanto, foram supostamente identificados pelos denunciados como integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), após uma das vítimas ter feito um gesto com as mãos em uma publicação nas redes sociais.
No dia do crime, duas das vítimas foram até a residência de um dos denunciados, possivelmente para adquirir drogas. Elas foram mantidas reféns e submetidas a tortura até confessarem suposta ligação com a facção rival. Posteriormente, sob ordem de Angélica, foram executadas.
Angélica teria ordenado a captura e execução dos outros dois homens, que estavam hospedados no mesmo alojamento. Alan e João Vitor foram mortos por esgorjamento, enquanto Caio Paulo e Jefferson por traumatismo crânio-encefálico.
Os corpos foram encontrados no dia 8 de agosto de 2022 na zona rural do município. Três dias antes, o veículo das vítimas havia sido localizado incendiado em uma estrada da região.
O Ministério Público também denunciou outros 14 envolvidos no crime. Angélica foi apontada como líder da facção Comando Vermelho na região e atribuída como responsável pela organização dos homicídios.
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