Apesar da coloração rosa do outubro, o diagnóstico de um câncer de mama, a primeira vista, deixa tudo escuro. As chances de cura são de 95% quando descoberto em estágio inicial, mas a informação pode passar batida quando vem logo depois do “soco no estômago” que é saber a batalha que está para começar. Se você está neste momento, o Primeira Página traz uma mensageira do futuro para te dizer: vai ficar tudo bem!
Atendente numa oficial de roupas de Campo Grande, Paulina larrea Miranda, hoje com 45 anos, iniciou a jornada em busca da cura aos 42. Um bichinho havia picado seu seio e, ao verificar o local com as mãos, sentiu um nódulo. Uma colega de trabalho sugeriu investigação e, assim, começou a rotina de exames.
Feito o ultrassom, a médica já sinalizou certa preocupação e a encaminhou à biopsia. Em poucos dias o resultado: câncer de mama. “Fui encaminhada direto ao oncologista e três meses depois passei por cirurgia. Sabe o que é pior? Não tem sintoma. Então aprendi que o negócio é se cuidar mesmo, se tocar, porque a gente consegue identificar em estágio inicial, como foi o meu”, relata ao Primeira Página.
Passados os ciclos de rádio e quimioterapia, a rotina foi aos poucos sendo retomada. A medida que os cabelos cresciam, a vida corria e voltava aos trilhos. Tudo teoricamente como antes. Trabalho, afazeres domésticos, cuidado com o filho, mas dentro do cotidiano, Paulina sabia que a estrada havia a levado a outro lugar: o da fé.
“Eu sou a prova viva de que existe a cura e a fé também ajuda muito, a fé e a confiança. Tem que confiar muito e ter fé em Deus”.
Paulina, ex-paciente oncológica
Um ano e meio após o término do tratamento em hospital, chegou a hora da reconstrução da mama.
A atendente não passou por mastectomia total, por isso a prótese de silicone colocada foi a chamada cônica que funciona como se fosse uma prótese redonda de perfil hiper alto, mas com mais projeção.
Seios e vida refeitos, restaram as cicatrizes no corpo e na alma, encaradas como marcas que descrevem quem Paulina é no agora, mais conhecido como presente – nos dois sentidos da palavra.
“Então digo para as mulheres que passam pelo diagnóstico agora, que tem cura sim. Não se entregue à doença. Porque se entregar é perigoso, não se entrega. Lute, porque quem luta vence”.
Cuide-se!
Em 2024, segundo estimativa do INCA (Instituto Nacional do Câncer) o Brasil terá 74 mil novos casos de câncer de mama, o mais comum entre as mulheres. A incidência é maior nas regiões Sudeste e Sul.
Alguns fatores de risco para o câncer de mama são:
- Envelhecimento
- Genética
- Reposição hormonal
- Histórico familiar
- Menopausa tardia
- Gravidez a partir dos 35 anos
- Uso de anticoncepcional oral
- Sedentarismo
- Obesidade
- Álcool
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento para o câncer de mama em Unidades Hospitalares especializadas. Paulina fez todo o procedimento no Hospital de Amor e passa por lá a cada seis meses para monitoramento da saúde.