O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que os incêndios no interior paulista não parecem ter sido originados de uma ação coordenada. “Acho muito prematuro afirmar que há uma ação coordenada, eu prefiro a cautela. A gente tem que investigar se há relação entre as ações criminosas”, disse em entrevista à CNN nesta segunda-feira (26).
Segundo ele, até o momento, os três presos em flagrante atuaram em casos isolados, aparentemente sem relação entre as ações.
Tarcísio ressaltou que, além das condições climáticas, pessoas que tinham resíduos para descartar aproveitaram os incêndios para realizar o descarte.
“Qualquer coisa pode provocar uma ignição. Tivemos incêndios em toda a extensão do estado”. O governador ainda afirmou que, em agosto de 2023, São Paulo teve 700 focos de incêndio. Este ano, já são mais de 5 mil ocorrências.
Apoio do Governo Federal
Tarcísio afirmou que, assim que percebeu a necessidade de uma ajuda maior, solicitou apoio ao Governo Federal. Segundo ele, foi um suporte imediato e rápido.
“Acionamos o ministério da Defesa, conversei com o ministro José Múcio, conversei com a Marina (ministra do Meio Ambiente) e o Waldez (ministro do Desenvolvimento Regional) e tivemos uma pronta resposta. Não falta apoio”, disse.
Sobre a reunião do Governo Federal com os governadores dos estados afetados pelos incêndios, Tarcísio disse que participará. Segundo ele, o diálogo institucional é muito importante e não se deve politizar as queimadas.
Combate permanece
O governador informou que o combate às chamas e o estado de prontidão permanece, mesmo com a situação de zero focos de incêndio ativos.
“A mobilização vai permanecer com agentes da Defesa Civil, bombeiros e o gabinete de crise”.
A força tarefa entre autoridades estaduais e federais extinguiram as queimadas, que chegaram a 2.700 focos ativos na última quinta-feira (22), segundo o governador de SP.
O estado de alerta máximo continua para 48 cidades do interior paulista. Segundo Tarcísio, esse estado significa o preparo para evitar uma reignição, proteger as unidades de conservação e indústrias e residências.
Apenas o apoio das Forças Armadas deve se encerrar nas próximas horas, já que o auxílio era necessário no momento de urgência com os milhares de focos ativos.