De acordo com estudo da Kantar IBOPE Media, o maior instituto de pesquisa de mídia da América Latina, o rádio atinge mais de 380 mil pessoas todos os dias em Cuiabá.
Esses são os dados da Pesquisa Especial de Audiência de Rádio, divulgado em outubro. Nesse mesmo mês, também foi divulgado o relatório Inside Audio 2024, pela mesma empresa, que trouxe dados nacionais sobre o consumo de Áudio em suas mais diversas formas, como rádio e podcasts.
Com os dados dessas duas divulgações, surgem questões estratégicas sobre o papel dessa mídia. Será que o rádio continua relevante no mundo conectado? Qual a preferência de cada geração ao consumir áudio? Com tantos estímulos, ainda dá para atrair a audiência na publicidade em áudio?”
O rádio resiste: porquê os cuiabanos continuam apaixonados pelo dial
O rádio, principal expoente do áudio na mídia brasileira, continua sendo uma preferência absoluta. Dentre os brasileiros, 79% afirmam ouvir rádio frequentemente e os cuiabanos se mantém acima da média nacional, com o rádio atingindo 80,42% da população local. E, apesar de 89% dos cuiabanos que ouvem rádio afirmarem ter acesso a internet, a grande maioria prefere o dial.
Como uma conhecida mídia de mobilidade, o rádio se transforma há muito tempo, e atualmente está em outras formas como o streaming de áudio e os canais digitais.
Em uma semana os diferentes equipamentos para ouvir rádio têm essa performance entre os cuiabanos:
A pesquisa especial Inside Audio 2024 enfatizou a opinião dos brasileiros que desde a pandemia vem demonstrando valorizar a característica de mobilidade e flexibilidade do veículo, pois 38% dos brasileiros afirmam que “a possibilidade de escutar rádio online transformou o hábito”.
Essa característica é uma das diversas que mantém o ouvinte interessado na programação, com uma alta média de tempo ouvido. Os brasileiros chegam a 3h55min, enquanto os cuiabanos costumam ouvir 3h20min de rádio diariamente.
Para a Kantar IBOPE Media, outros números também apontam a força do rádio pelo país, como exemplo, 69% dos ouvintes gostam de se conectar ao meio por reconhecerem que o rádio traz informações locais da cidade em que vivem.
Considerando esse fato, podemos afirmar que é na proximidade com a audiência que se constrói um dos atributos mais importantes para os veículos de comunicação atualmente, a confiança.
A credibilidade que conquista: a alta confiança no rádio continua inabalável
O rádio conquista uma alta confiança de sua audiência. O Target Group Index aponta uma confiança de 58% dos ouvintes no meio para se manterem informados em âmbito nacional.
Esse sentimento é reforçado por dados da pesquisa Especial Inside Audio 2024 que mostra que 50% das pessoas que escutam rádio avaliam que quando uma informação é propagada pelo veículo elas sabem que não se trata de fake News.
Entre os cuiabanos que ouvem rádio a confiança é ainda maior, 77% deles confiam no rádio.
Em comparação a outros meios, como TV, jornal, revistas e portais de internet, o que detém a menor confiança dentre os cuiabanos são as redes sociais. De quem costuma acessá-las, apenas 34% confiam nas notícias que leem nas redes sociais.
O índice apresentado pelo rádio é especialmente importante em um momento em que há uma crescente preocupação de vários agentes sociais e da população em geral com a desinformação. O consultor e palestrante com mais de 15 anos de experiência nas áreas de mídia e inteligência de negócios, Fernando Morgado reflete sobre a confiança construída através do século pelo rádio.
“Você não pode dizer que um veículo de comunicação tem credibilidade sem ter dado provas da sua confiabilidade ao longo dos anos e o rádio que é um meio centenário já deu incontáveis provas de que sim, pode merecer a confiança dos brasileiros. O rádio é um meio confiável, em termos de jornalismo, porque ele é formado por veículos com marcas reconhecidas pela sociedade, com profissionais, dentro das suas estruturas, que têm o conhecimento e a técnica para produzir conteúdo de relevância, conteúdos apurados, conteúdos úteis para a vida das pessoas. O rádio funciona em um modelo que necessita dessa seriedade inclusive para gerar resultados aos anunciantes”.
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Anúncios no rádio superam redes sociais e é a mídia que mais gera retorno
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