Nego Di participou de trama para lesar vítimas, indica polícia

CNN Brasil


Em entrevista à CNN, o chefe da polícia do Rio Grande do Sul, Fernando Sodré, disse que Nego Di e seu parceiro, Anderson Bonetti, tramaram para lesar as 370 vítimas no caso do estelionato virtual.

“O vídeo reforça todo suporte probatório que temos no inquérito. Não há dúvida, na parte da Polícia Civil, de que houve um conluio criminoso para lesar as vítimas”, afirmou o delegado.

O influenciador Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, foi preso no último domingo (14) em uma ação da Polícia Civil de Santa Catarina em uma casa de praia em Jurerê Internacional. 

 

A gravação mencionada pelo delegado é de um podcast em que o humorista diz que “lançou uma promoção” do ar-condicionado, além de afirmar que a loja era sua.

Ele ainda comenta sobre a origem dos produtos, e diz que se não forem entregues é por “usuário não encontrado”, ou seja, por conta da loja não ter encontrado o destinatário. Assista ao vídeo:

“Fica muito claro que ele tinha consciência e conhecimento. Na verdade, as outras provas demonstram essa união e acordo entre eles e que acabou lesando inúmeras vítimas”, completou Sodré.

Novas vítimas podem surgir

O chefe da polícia também disse que o número de pessoas lesadas provavelmente será maior. Ele explica que, por causa da divulgação pública do caso, muitas pessoas que não sabiam que tinham sido prejudicadas devem procurar a polícia para se informar.

A primeira fase da investigação foi concluída em 2023 com o indiciamento e pedido de prisão de Nego Di e Bonetti, que continua foragido.

Nesse novo momento, entretanto, o delegado não descarta novos envolvidos no esquema.

“Podem surgir novas vítimas, novas pessoas… podem surgir novas circunstâncias e pode ser que inove algum tipo de delito. Se surgirem outros crimes e outras pessoas envolvidas, que é possível de acontecer, podemos ter outros desdobramentos”, completou.

O delegado ainda explica que os valores dos bens abaixo do mercado atraíram muitas pessoas, que acabaram acreditando nas condições extraordinárias. Ele alerta para que, quando o preço de um produto for desproporcional ao prática no mercado, as pessoas prestem atenção para algo por trás da oferta.



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