No Japão, Marina Silva diz à CNN que busca “diplomacia climática“

CNN Brasil


A ministra do Meio-Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, que integra a coletiva do presidente Lula no Japão, busca apoio para a COP30 que acontecerá no Brasil, o fortalecimento do multilateralismo climático.

Em entrevista para o correspondente Américo Martins, Marina afirmou haver um esforço de diplomacia climática com a assinatura de um protocolo de cooperação entre os dois países, visando o combate à poluição atmosférica e a mitigação de extremos climáticos.

“Estamos ampliando essa cooperação, ou seja, na agenda de adaptação, mitigação, de diplomacia climática e também na parte de cooperação técnico-científica”, disse a ministra. Ela explicou que o acordo de cooperação será desenvolvido buscando ações mútuas, mas também o aprofundamento de ações que já são feitas.

Combate ao negacionismo

Para ela a melhor forma de combater o negacionismo é liderar pelo exemplo, tomando ações além das questões administrativas. A ministra ainda ressaltou que mesmo que o “multilateralismo não esteja dando conta de resolver os principais problemas da humanidade”, sem ele não há solução para nada.

Segundo Marina, países desenvolvidos como o Japão possuem responsabilidade histórica em relação às emissões, assim como na articulação política e ética em relação aos países vulneráveis.

“Um país desenvolvido do ponto de vista econômico, do ponto de vista tecnológico como o Japão, tem uma responsabilidade em fortalecer a diplomacia climática, o multilateralismo em todas as frentes, na adaptação e mitigação, na frente da transição justa no de mudança climática que está ameaçando o equilíbrio da vida no planeta”, reforçou.

Ela relembrou que o Japão foi o país que “abriu a chave de cooperação para o Fundo Amazônia no continente asiático”, tendo sido o primeiro país da região a fazer uma contribuição para o Fundo.

Petróleo da Margem Equatorial

Quando perguntada sobre a polêmica da exploração de petróleo na chamada Foz do Rio Amazonas com o Ibama, a ministra disse que as licenças consideram as necessidades de tornar o empreendimento viável do ponto de vista ambienta.

“[…] Seja de infraestrutura, seja de exploração de petróleo, o que for, o Ibama não dificulta nem facilita o licenciamento. Ele verifica se está na lei, nos protocolos, faz o dever de casa com todo o rigor que precisa ser feito”, falou.

Ela afirmou que a exploração na margem equatorial está sendo avaliada pela quarta vez e o procedimento vai seguir os ritos que envolvem desde o técnico que está analisando o processo, até o coordenador, diretor e o presidente do Ibama.



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