O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse em uma reunião em Dubai nesta segunda-feira (17) que havia discutido sobre trazer ucranianos de volta do cativeiro russo com o presidente dos Emirados Árabes Unidos, Sheikh Mohammed bin Zayed Al Nahyan, informou a agência de notícias estatal WAM.
Os Emirados Árabes Unidos desempenharam um papel fundamental na supervisão do retorno de ucranianos deportados, muitos deles crianças, para a Rússia durante a guerra de quase três anos.
Zelensky havia dito anteriormente que a principal prioridade da visita era garantir “que ainda mais pessoas do nosso povo pudessem retornar para casa do cativeiro”.
Durante a reunião, o Sheikh Mohammed reafirmou o compromisso dos Emirados Árabes Unidos em apoiar uma resolução pacífica para o conflito na Ucrânia e iniciativas para aliviar seu impacto humanitário.
Autoridades dos EUA e da Rússia se reunirão na Arábia Saudita nos próximos dias para iniciar negociações com o objetivo de acabar com a guerra.
Entenda a Guerra entre Rússia e Ucrânia
A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e entrou no território por três frentes: pela fronteira russa, pela Crimeia e por Belarus, país forte aliado do Kremlin.
Forças leais ao presidente Vladimir Putin conseguiram avanços significativos nos primeiros dias, mas os ucranianos conseguiram manter o controle de Kiev, ainda que a cidade também tenha sido atacada.
A invasão foi criticada internacionalmente e o Kremlin foi alvo de sanções econômicas do Ocidente.
Em outubro de 2024, após milhares de mortos, a guerra na Ucrânia entrou no que analistas descrevem como o momento mais perigoso até agora.
As tensões se elevaram quando o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou o uso de um míssil hipersônico de alcance intermediário durante um ataque em solo ucraniano.
O projétil carregou ogivas convencionais, mas é capaz de levar material nuclear.
O lançamento aconteceu após a Ucrânia fazer uma ofensiva dentro do território russo usando armamentos fabricados por potências ocidentais, como os Estados Unidos, o Reino Unido e a França.
A inteligência ocidental denuncia que a Rússia está usando tropas da Coreia do Norte no conflito na Ucrânia. Moscou e Pyongyang não negam, nem confirmam o relato.
O presidente Vladimir Putin, que substituiu seu ministro da Defesa em maio, disse que as forças russas estão avançando muito mais efetivamente – e que a Rússia alcançará todos os seus objetivos na Ucrânia, embora ele não tenha dado detalhes.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse acreditar que os principais objetivos de Putin são ocupar toda a região de Donbass, abrangendo as regiões de Donetsk e Luhansk, e expulsar as tropas ucranianas da região de Kursk, na Rússia, das quais controlam partes desde agosto.