o caminho percorrido até as patas gigantes


Estrelas absolutas do Pantanal, as onças-pintadas têm tomado as timelines das redes sociais nos últimos tempos. Cliques tão perfeitos que podem ser confundidos com verdadeiras obras-primas, mas, ao contrário do que parece, para eternizar um “simples” frame, é preciso enfrentar desafios que vão de horas de espera a estradas alagadas.

Onça-pintada na Onçafari (Foto: Giovanna Leite)

Na segunda reportagem da série sobre o paraíso das onças-pintadas, o Primeira Pagina te mostra os bastidores das fotos que levam o Pantanal aos quatro ventos do mundo.

Quem conduz esse trajeto é a fotógrafa, bióloga e guia bilíngue na ONG Onçafari, Giovanna Leite, dona de imagens que já lhe renderam um prêmio disputado em toda América Latina.

  1. Fotógrafa especialista em vida selvagem conta bastidores de foto premiada

Além de técnica, equipamentos corretos e muito estudo, dois ingredientes são essenciais: sensibilidade e potência. Isso porque, segundo a profissional, imprimir sentimento em uma imagem é o que comove o público.

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Equipamento usado no monitoramento das onças-pintadas (Foto: Onçafari)

“E, como meu objetivo é levar a natureza a mais pessoas e transformar a maneira como elas enxergam a fauna e a flora, esses sentimentos se tornam ferramentas essenciais e poderosas de transformação”.

E a frequência em que ocorrem os cliques não são tão assíduos quantos os biólogos gostariam. Giovanna explica que a rotina diária em busca da imagem perfeita existe, mas é mais complexa do que se imagina.

“Não ocorrem todos os dias, nem sempre saímos a campo ou nem sempre o cenário está ideal para fotografar, às vezes os bichos passam muito rápido, às vezes a luz não está ideal e muitas vezes, as onças estão dentro de uma mata. Tudo depende de como, quando e onde”.

Apesar de missão difícil, a recompensa de ficar frente a frente com os felinos é indescritível e sempre com a emoção de como se fosse a primeira vez, conta a bióloga.

“É uma sensação única a cada vez que as encontramos, cada dia é em um cenário diferente e elas irão se comportar de formas diferentes. A onça-pintada é um animal símbolo da fauna brasileira, muito forte e potente. Estar na presença dela é um enorme privilégio, pois você entende que aquele ambiente está saudável. Onde tem onça, tem vida, tem conservação”.

No rastro da onça-pintada

As pegadas não são o principal norte da equipe de imagens. As onças-pintadas usam um colar de rastreamento. O equipamento permite que sejam encontradas em meio à mata. E, claro, não se trata de mero retrato da natureza.

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Patas das onças-pintadas (Foto: Onçafari)

Como biólogos, eles também coletam dados nunca observados em vida livre, fato que ajuda na segurança dos animais, bem como da conservação da biodiversidade. A rotina é pesada.

“Realizamos o monitoramento da vida selvagem por meio de câmeras trap e é durante todo esse processo que realizo as produções de fotos, buscando sempre engajar o público no dia a dia daqui”.

A labuta também se estende para fora do campo. Com atuação na base da Onçafari que funciona no refúgio ecológico Caiman, os profissionais cumprem até tarefas no escritório.

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Giovanna checando as câmeras trap (Foto: Onçafari)

O ecoturismo é uma das 8 frentes de atuação do Onçafari, além de Ciência, Educação, Reintrodução, Social, Florestas, Anti-incêndio e Advocacy.

“Trabalhamos com a observação de fauna, desenvolvendo o ecoturismo e respeitando o bem-estar das espécies, possibilitando uma maior proximidade ao comportamento natural dos animais, mas sem interferir em sua vida habitual”.





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