Mato Grosso enfrenta um grande desafio na identificação de restos mortais armazenados em unidades do Instituto Médico Legal (IML). Atualmente, 191 corpos seguem sem identidade no estado, à espera de um nome e de respostas para suas famílias.
Entre eles, estão 7 dos 12 corpos encontrados no cemitério clandestino de Lucas do Rio Verde, descoberto no início deste ano.
Até agora, apenas cinco vítimas desse local foram identificadas por meio de material genético, enquanto as demais seguem sob análise da Perícia Oficial e Identificação Técnica de Mato Grosso (Politec).
O principal obstáculo na identificação dessas vítimas é a falta de material genético para comparação. A Politec mantém um banco de DNA para cruzamento de informações e reforça o apelo para que familiares de pessoas desaparecidas procurem uma unidade da perícia para fornecer amostras genéticas. Esse procedimento pode ser fundamental para trazer respostas às famílias e dar um desfecho a esses casos.
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Além das vítimas do cemitério clandestino, os outros restos mortais sem identificação são um reflexo da complexidade de investigações sobre desaparecidos e crimes violentos no estado. Para ajudar no processo, a Politec disponibiliza um canal de atendimento para agendamento de coletas de DNA pelo telefone (65) 99108-0142.
Enquanto a Polícia Civil segue investigando as circunstâncias das mortes e possíveis responsáveis, a prioridade da perícia é garantir que cada vítima receba um nome e que suas famílias tenham, enfim, um desfecho para a angústia da incerteza.
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