Desde janeiro de 2024, Mato Grosso do Sul já emitiu 471.723 novos RGs, agora chamados oficialmente de CIN (Carteira de Identidade Nacional). Apesar da procura, o estado ocupa apenas a 18ª posição no ranking nacional de emissões.
Em Campo Grande, muitos moradores ainda não sabem como funciona o processo ou esbarram em erros que impedem a finalização do documento. Saiba como tirar o novo documento:
Documentação necessária
Para emitir o novo RG, é necessário:
- Certidão de nascimento ou casamento (original, legível e atualizada);
- CPF (que agora está integrado ao número da CIN);
Comprovante de residência (não é obrigatório, mas pode ajudar em alguns casos); - Emissão mediante agendamento nos postos do Instituto de Identificação.
Para recém-nascidos, o documento já pode ser feito assim que há o registro civil, mas, por enquanto, é necessário que os responsáveis levem o bebê até um posto.
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Por que é importante atualizar o RG?
O novo documento é mais seguro, com padrão nacional e integrado a diversas bases do governo federal, como Ministério da Justiça, Receita Federal, IBGE e Ministério da Gestão e Inovação. Para Daniel Ferreira de Freitas, diretor do Instituto de Identificação, a atualização tem impacto direto na segurança pública e na vida civil.
“Essas informações são fundamentais não só para o uso civil, mas também para perícias. A identificação de vítimas em casos de desaparecimento ou morte violenta, por exemplo, depende da qualidade das digitais que a gente coleta. Já resolvemos casos assim, inclusive de um homicídio brutal, em que conseguimos identificar a vítima pelas digitais mesmo com o corpo carbonizado.”
Daniel Ferreira de Freitas, diretor do Instituto de Identificação
Além disso, quem tira a nova CIN tem acesso automático à conta Ouro no Gov.br, sem precisar passar pelos níveis Bronze e Prata. Isso facilita o acesso a serviços digitais públicos e até benefícios sociais.
Por que muitas pessoas não conseguem emitir o novo RG?
Segundo Daniel, os dois principais erros que impedem a emissão da nova CIN em Campo Grande são:
Certidões desatualizadas ou com informações incompletas
O sistema é integrado com o IBGE. Por isso, é necessário que o local de nascimento esteja completo na certidão: distrito + município + estado. Um exemplo: quem nasceu em Anhanduí deve ter “Anhanduí, Campo Grande – MS” escrito na certidão. Caso contrário, o sistema federal barra a emissão e o cidadão precisa retornar ao cartório para retificar o documento.
Impressões digitais ilegíveis
Pessoas que trabalham com atividades braçais ou em áreas rurais muitas vezes perdem a definição das digitais, o que impede o cadastro biométrico. “A gente recomenda tratar as mãos com pomadas, evitar o contato com produtos químicos antes da coleta. A digital ruim não serve só para a identidade, mas prejudica investigações e perícias”, explica o diretor.
Tempo de espera
Depois da coleta de dados, o sistema envia as informações a Brasília. Em até 48 horas, o retorno é processado e o documento pode ser liberado para impressão. A versão digital fica disponível no Gov.br logo após a emissão.
Onde tirar?
O serviço é oferecido mediante agendamento online nos postos do Instituto de Identificação. Em Campo Grande, as unidades mais procuradas são:
- Fácil Guaicurus (Av. Gury Marques, 5464 – Jardim Monumento)
- Fácil Aero Rancho (Av. Mal. Deodoro, 2606 – Aero Rancho)
- Fácil General Osório (R. Santo Ângelo, 51 – Cel. Antonino)
- SEJUSP / Posto de Identificação (Pátio Central)
O agendamento pode ser feito no site da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública).