Israel está se preparando para receber quatro mulheres soldados detidas pelo Hamas neste sábado (25), na mais recente libertação de reféns sob o cessar-fogo de Gaza e acordo de reféns.
O grupo militante disse na sexta-feira (24) que pretende libertar Karina Ariev, Daniella Gilboa, Naama Levy — todas com 20 anos — e Liri Albag, 19.
As quatro mulheres programadas para serem liberadas estavam entre as sete mulheres soldados sequestradas da base militar de Nahal Oz, onde serviam como vigias militares das Forças de Defesa de Israel, observando atividades dentro da Faixa de Gaza.
Os sequestros aconteceram durante o ataque do Hamas à base, realizado no dia 7 de outubro de 2023. Vários vídeos mostrando o sequestro se tornaram simbólicos por conta da brutalidade.
Uma parte da filmagem as mostrou enfileiradas contra uma parede, com as mãos amarradas, os corpos machucados e com manchas de sangue.
O vídeo foi divulgado pelas famílias das mulheres em maio para pressionar o governo israelense a garantir um acordo para libertá-las. As Forças de Defesa de Israel (IDF) admitiram na época que não havia defendido seu pessoal na base de Nahal Oz.
As quatro reféns
Liri Albag se juntou às Forças de Defesa de Israel logo após se formar no ensino médio e fez 19 anos em cativeiro. Imagens de Albag, claramente filmadas sob coação, foram divulgadas pelo Hamas no início deste mês. Sua família disse que o vídeo havia “rasgado (seus) corações em pedaços”.
O Fórum de Reféns e Desaparecidos descreveu Albag como alguém que “irradia alegria, com um sorriso e risada que iluminam o dia de todos ao seu redor”. De acordo com sua família e amigos, Albag é uma grande fã de canto, fotografia e culinária. Seu sonho era estudar em Paris e se tornar uma designer de interiores e arquiteta.
Karina Ariev fez 20 anos em cativeiro. Em janeiro de 2024, o Hamas divulgou um vídeo mostrando Ariev e Gilboa implorando por suas vidas.
O fórum descreveu Ariev como alguém que “compartilha o amor dentro dela com sua família e amigos, é sensível a tudo e sempre cuida de todos”.
Eles disseram que ela é de Jerusalém e gosta de dançar, cantar, escrever, cozinhar e se maquiar. O fórum também disse que ela sonha em se tornar uma psicóloga “e é conhecida por ser compassiva e por unir as pessoas”.
Daniella Gilboa é de Petah Tikva, centro de Israel, e fez 20 anos em cativeiro.
Ela foi descrita como uma “musicista apaixonada que estuda piano e canto, aspirando seguir uma carreira profissional na música. Conhecida por seu otimismo e gentileza”.
Naama Levy também fez 20 anos em cativeiro. Um vídeo mostrando seu sequestro em 7 de outubro se tornou um símbolo da brutalidade do ataque do Hamas naquele dia. Ele a mostrou sendo arrastada pelos cabelos sob a mira de uma arma, suas mãos amarradas, seus tornozelos cortados e suas calças encharcadas de sangue.
Sua família e amigos a descreveram como gentil e quieta, mas cheia de luz, alegria, força e determinação. Eles disseram que Levy competiu em triatlos e jogou tênis. Ela também participou do projeto Mãos da Paz, que reúne jovens israelenses, palestinos e americanos para discutir o conflito israelense-palestino.
Quem não está incluído na transferência
Autoridades israelenses disseram às famílias das quatro mulheres que pretendiam prosseguir com a libertação neste fim de semana — apesar do fato de que Israel esperava anteriormente que Arbel Yehud, uma refém civil ainda mantida em Gaza, fosse incluída na libertação de sábado.
Israel exigiu que o Hamas libertasse Yehud, uma mulher de 29 anos levada como refém de sua casa no Kibutz Nir Oz, como parte da próxima libertação, disse uma fonte familiarizada com o assunto.
Acredita-se que Yehud esteja detida pela Jihad Islâmica Palestina, não pelo Hamas, o que pode ser um fator no momento de sua libertação.
