A Assembleia Geral da ONU adotou um “Pacto para o Futuro” neste domingo (22), que o secretário-geral Antonio Guterres descreveu como um acordo histórico e uma “mudança radical em direção a um multilateralismo mais eficaz, inclusivo e em rede”
O pacto, que também inclui um anexo sobre o trabalho em direção a um futuro digital responsável e sustentável, foi adotado sem votação no início da Cúpula do Futuro. O acordo foi firmado após cerca de nove meses de negociações.
“Estamos aqui para trazer o multilateralismo de volta da beira do abismo”, disse Guterres na cúpula.
O secretário-geral insistiu por muito tempo na realização da cúpula e no pacto, que abrange temas como paz e segurança, governança global, desenvolvimento sustentável, mudança climática, cooperação digital, direitos humanos, gênero, juventude e gerações futuras.
Ele estabelece cerca de 56 ações amplas que os países se comprometeram a realizar.
Principais citações sobre o futuro
No documento, os países reconhecem que “o sistema multilateral e suas instituições, com as Nações Unidas e sua Carta no centro, devem ser fortalecidos para acompanhar o ritmo de um mundo em transformação”.
“Elas devem ser adequadas para o presente e o futuro – eficazes e capazes, preparadas para o futuro, justas, democráticas, equitativas e representativas do mundo atual, inclusivas, interconectadas e financeiramente estáveis”, destacam.
“Hoje, prometemos um novo começo no multilateralismo. As ações deste Pacto visam garantir que as Nações Unidas e outras instituições multilaterais importantes possam proporcionar um futuro melhor para as pessoas e o planeta, permitindo-nos cumprir nossos compromissos existentes e, ao mesmo tempo, enfrentar desafios e oportunidades novos e emergentes”, finalizam.