Um esquema sofisticado de tráfico de drogas e receptação de veículos roubados foi revelado pela Operação Prospice II, deflagrada na manhã desta quarta-feira (2). As investigações apontaram que uma organização criminosa utilizava uma rede de logística para distribuir cocaína e veículos roubados entre os estados.
Na segunda fase da investigação, foi descoberto que um hotel em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, era utilizado como base operacional da facção. No local, os criminosos guardavam os veículos roubados até que fossem levados à fronteira e também escondiam drogas antes do transporte.
O hotel ainda servia como ponto de apoio para os transportadores, que viajavam de ônibus levando as substâncias ilícitas.
As drogas, principalmente cloridrato e pasta base de cocaína, eram adquiridas em cidades fronteiriças e encaminhadas para Várzea Grande, antes de serem enviadas a outros estados, como São Paulo. Além disso, veículos roubados em outras regiões eram usados como forma de pagamento pelo entorpecente.
Cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos nesta etapa da operação. As ordens judiciais acontecem nas cidades de Várzea Grande, Pontes e Lacerda e Vila Bela da Santíssima Trindade.
Apreensões e ações da polícia
As investigações começaram em junho de 2022, e a partir daí foram realizadas diversas apreensões que expuseram a estrutura da organização:
- Julho de 2022: 126 kg de cocaína foram encontrados enterrados na zona rural de Curvelândia.
- Agosto de 2022: 2 kg de cocaína foram apreendidos com um suspeito no Terminal Rodoviário de Cuiabá.
- Fevereiro de 2024: 500 g de cocaína foram localizados na casa da mãe de um dos investigados.
Além disso, um Fiat Toro roubado no Rio de Janeiro foi apreendido antes de ser trocado por drogas na fronteira.
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O significado de “Prospice”
O nome da operação, Prospice, vem do latim e significa “olhe para frente”. A escolha faz referência à primeira grande apreensão do grupo, quando drogas enterradas em uma área de mata foram descobertas graças aos vestígios deixados pelos suspeitos.
A ação faz parte da estratégia da Polícia Civil de Mato Grosso dentro da Operação Inter Partes, que integra o programa Tolerância Zero do Governo do Estado, voltado ao combate de facções criminosas.
As investigações da Operação Prospice II são conduzidas pela Defron (Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes de Fronteira) e Draco (Delegacia Especializada de Repressão ao Crime Organizado).
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