Um site usado para distribuir ilegalmente mangás, manhuas e webtoons foi alvo da Polícia Civil de Mato Grosso nesta terça-feira (15), durante a operação Slimeread – Traço Final.
A plataforma, com cerca de cinco mil acessos mensais, oferecia quadrinhos protegidos por direitos autorais sem autorização e gerava lucro por meio de anúncios e doações dos usuários.
Coordenada pela Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), a operação cumpriu quatro ordens judiciais: o bloqueio do domínio principal, a exclusão de acesso a sites relacionados que exploram pirataria digital no Brasil, além de dois mandados de busca e apreensão – um em Cuiabá e outro em Jaciara.
As ordens foram expedidas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo) de Cuiabá, com apoio da Delegacia de Polícia de Jaciara e da Diretoria de Inteligência da Polícia Civil.
Segundo as investigações, o site funcionava de forma organizada e lucrava indiretamente por meio da monetização de conteúdo pirateado e de doações voluntárias feitas por leitores.
O esquema causava prejuízo financeiro a autores e editoras e afetava a concorrência no setor criativo, além de impactar a arrecadação de impostos e a geração de empregos formais.
A ação integra uma força-tarefa nacional coordenada pelo Ciberlab — o Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça — dentro da estratégia da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi) para combater crimes contra a propriedade intelectual.
A pena para pirataria digital no Brasil é de dois a quatro anos de reclusão, além de multa. Os responsáveis pelo site também podem ser investigados por associação criminosa e lavagem de dinheiro.
A Polícia Civil afirma que as investigações continuam para identificar outros envolvidos no esquema.
O nome da operação, Slimeread – Traço Final, faz referência ao domínio do site e ao estilo artístico típico dos quadrinhos, sugerindo o encerramento da atividade ilegal com a ação policial.
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