Operação no Mercado do Porto em Cuiabá apreende 500 kg de peixe e prende 2

pescado apreendido


Uma operação da Delegacia Especializada de Meio Ambiente (Dema) apreendeu, nesta sexta-feira (28), mais de 500 kg de pescado ilegal em uma das bancas do Mercado do Porto, em Cuiabá. Durante a ação, duas pessoas foram presas em flagrante: o proprietário da banca e o fornecedor do pescado irregular.

Pescado irregular apreendido em banca do Mercado do Porto. (Foto: PJC/MT)

A polícia chegou ao caso após uma investigação iniciada a partir de denúncias. De acordo com o delegado Guilherme Pompeu, a Dema já monitorava o estabelecimento e reuniu provas de que o local mantinha um esquema para esconder peixes proibidos da fiscalização.

Durante a operação, foram apreendidos pintados, dourados, capararis, pacus, piraputangas, além de filés e postas de peixe de couro. Parte do pescado estava fora da medida permitida, enquanto outras espécies eram provenientes de pesca proibida, como o cachara e o dourado.

Carrinho de picolé usado para esconder pescado ilegal

Segundo o delegado, um dos métodos utilizados para burlar a fiscalização era esconder os peixes proibidos dentro de um carrinho de picolé, localizado nos fundos da banca.

— A investigação já havia materializado fotos e outros elementos sobre esse modo de operar. O suspeito escondia espécies proibidas dentro do carrinho e vendia rapidamente para clientes que sabiam da ilegalidade. Era uma forma de evitar a fiscalização e manter o comércio irregular — explicou Pompeu.

peixe apreendido
Pesca de Dourado é proibida em Mato Grosso. (Foto: PJC/MT)

Pescado impróprio para consumo

Além da pesca ilegal, a polícia encontrou peixe armazenado de forma irregular, com odor forte e sinais de decomposição. Dentro de um freezer no estabelecimento, foram localizados sacos contendo peixe de couro estragado, considerado impróprio para consumo humano.

— A perícia fez uma análise preliminar e constatou que o pescado estava deteriorado, com odor muito forte. Isso configura mais um crime, que é ofertar e expor à venda produtos impróprios ao consumo humano — destacou o delegado.

Diante das irregularidades, o proprietário da banca e o fornecedor foram presos em flagrante e autuados por crimes ambientais e contra a saúde pública.

Investigação continuará para identificar fornecedores

A Dema seguirá investigando toda a cadeia criminosa envolvida na venda de pescado ilegal, desde os pescadores que retiram os peixes de forma irregular até os intermediadores que abastecem o comércio clandestino.

— Não é só um crime cometido por uma pessoa. Existe uma rede que envolve os pescadores ilegais, os intermediários e os comerciantes que colocam esse produto à venda. A Dema irá aprofundar as investigações para responsabilizar todos os envolvidos — afirmou Pompeu.

Além das leis estaduais que regulam a pesca e comercialização, a operação também se baseia na legislação federal, que prevê penas severas para quem captura, vende ou expõe à venda espécies proibidas ou em período de defeso.

O pescado apreendido será destinado ao descarte ou doação, conforme avaliação da Vigilância Sanitária. As investigações continuam para identificar outros envolvidos na prática ilegal.



Fonte do Texto

VEJA MAIS

Homem tem crise convulsiva em telhado e é resgatado por bombeiros

Um homem foi resgatado pelo Corpo de Bombeiros no telhado de um sobrado no início…

Homem é demitido e mata mulher e irmão de antigo chefe no litoral gaúcho

Um homem foi preso em flagrante na última quarta-feira (26) após ser demitido e matar…

Sob críticas, advogado condenado pede saída da Comissão de Ética da OAB Sinop

O advogado Roberto Luis de Oliveira, condenado em janeiro de 2025 por envolvimento com o…