Os partidos de oposição da Coreia do Sul apresentaram ao parlamento nesta quinta-feira (12) um novo projeto de lei para impeachment do presidente Yoon Suk Yeol, por sua declaração de lei marcial.
Yoon enfrenta uma segunda votação de impeachment no parlamento, esperada para o sábado (14).
A primeira falhou na semana passada, pois a maioria do partido governante boicotou os procedimentos.
Uma votação para impeachment enviaria o caso ao Tribunal Constitucional, que tem até seis meses para decidir se remove Yoon do cargo ou o reintegra.
O presidente está sob investigação criminal por suposta insurreição em razão da declaração de lei marcial na terça-feira (3), que ele revogou horas depois, desencadeando a maior crise política na Coreia do Sul em décadas.
Lei marcial na Coreia do Sul
O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, declarou lei marcial em um discurso sem aviso transmitido ao vivo na televisão YTN na terça-feira (3).
Horas depois, o Parlamento votou bloqueou o decreto.
Yoon disse que não tinha escolha a não ser adotar a medida, a fim de salvaguardar a ordem livre e constitucional, afirmando que os partidos da oposição tornaram o processo parlamentar refém para lançar o país em uma crise.
Também justificou a decisão como essencial para proteger as liberdades e a segurança do povo, garantir a sustentabilidade do país e passar uma nação estável para as gerações futuras.
Após a derrubada do decreto a Coreia do Sul entrou em um uma crise política com manifestações da população, pedidos de impeachment contra o presidente, prisões e renúncias a cargos do governo de Yoon.