Países da América Latina condenam assédio à embaixada argentina em Caracas

CNN Brasil


A Colômbia e a Alianza para el Desarrollo en Democracia (ADD), grupo que integra Equador, Panamá, Costa Rica e República Dominicana, condenaram a situação de seis opositores do governo de Nicolás Maduro, na Venezuela, que precisaram pedir por asilo na embaixada argentina em Caracas, onde estão abrigados desde março.

Os opositores são Claudia Macero, Pedro Urruchurtu, Magallí Meda, Humberto Villalobos, Omar González e Fernando Martínez Mottola.

Em uma nota publicada nesta segunda-feira (16), o governo de Gustavo Petro, presidente da Colômbia, instou as autoridades venezuelanas “a aderirem aos princípios do direito internacional” e a respeitarem os direitos humanos dos opositores, integrantes da equipe política de María Corina Machado.

“Desde março de 2024, quando esta situação começou, tanto o Brasil quanto a Colômbia têm oferecido assistência para garantir a proteção e assumir a custódia dessa sede diplomática, bem como para fornecer proteção internacional àqueles que ali se encontram lá como requerentes de asilo político”, detalhou o Ministério das Relações Exteriores da Colômbia.

Em julho, o Brasil assumiu a embaixada da Argentina na capital venezuelana, após o governo de Maduro ter expulsado diplomatas de países que não aceitaram sua vitória nas eleições presidenciais de 28 de julho.

Há uma semana, o governo argentino de Javier Milei denunciou ao Tribunal Penal Internacional que as autoridades venezuelanas assediam constantemente as instalações de sua embaixada. Segundo as autoridades argentinas, os opositores refugiados afirmam que estão em risco constante e sem eletricidade há várias semanas.

Os países da ADD se manifestaram no último domingo (15) sobre esta situação. A nota também condena a prisão de Agustín Naguel Gallo, suboficial da força militar argentina Gendarmeria Nacional Argentina. Segundo o Ministério de Relações Exteriores e Segurança de Milei, o agente entrou na Venezuela vindo da Colômbia em 8 de dezembro para visitar familiares.

“Esta é uma nova manifestação da campanha de assédio contínuo que o regime de Maduro comete contra funcionários diplomáticos e os seis cidadãos venezuelanos politicamente perseguidos que se encontram em asilo”, afirmou o grupo em comunicado.

A CNN contatou o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Venezuela e os países autores das declarações, mas até ao momento não obteve resposta.

*Com informações da CNN en Español



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